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Assentamentos Rurais Vão Cultivar Plantas Medicinais

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Ministério da Saúde deve liberar 1 milhão de reais para o Programa Farmácias Verdes. A verba vai financiar a implantação de hortas medicinais e laboratórios fitoterápicos em duas áreas de assentamento de reforma agrária.

O projeto será coordenado pelo próprio ministério, Fundação Oswaldo Cruz, Far-Manguinhos e Incra e deve ser supervisionado pelas prefeituras municipais e por universidades.

Segundo Carlos Moreira, coordenador do núcleo de planejamento e gestão da Far-Manguinhos, o custo de implantação do projeto será de 500 mil reais por unidade e deve estar concluído em até 18 meses, quando as equipes terão condições de produzir cerca de cinco tipos de medicamentos fitoterápicos.

O trabalho deve envolver cerca de 15 trabalhadores rurais do próprio assentamento que serão treinados para realizar todas as etapas da produção desde o plantio e secagem até a formulação dos xaropes.

Os medicamentos produzidos devem ser utilizados pelos assentados e pelas comunidades vizinhas.

"O projeto está integrado ao sistema de saúde e não pretende substituir a alopatia, mas possibilitar o acesso a medicamentos para tratamentos básicos de saúde", informou Moreira à Reuters.

Conforme Moreira, o projeto será implantado em um assentamento na cidade gaúcha de Jóia e em outro assentamento no município de Moreno, em Pernambuco, ambos ligados ao Movimento dos Sem-Terra (MST). As plantas a serem cultivadas e os medicamentos serão definidos a partir da cultura tradicional e das condições climáticas da região.

Segundo Moreira, o projeto foi proposto pela Far-Manguinhos, instituição ligada a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e especializada em fitoterapia e química natural, Incra e Comunidade Solidária a várias entidades e organizações de trabalhadores rurais.

"Nosso objetivo é transferir tecnologia e supervisionar o andamento do trabalho da mão-de-obra que será estritamente local", explicou Moreira.

Sinopse preparada por Reuters Health

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