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24 de janeiro de 2018 (Bibliomed). As mulheres submetidas a uma histerectomia (cirurgia para remoção do útero) correm maior risco de doenças cardíacas e outros problemas de saúde - mesmo que mantenham seus ovários,. Isso é o que sugere uma nova pesquisa recentemente publicada. As descobertas foram publicadas na revista Menopause. A histerectomia é a segunda cirurgia ginecológica mais comum, e a maioria é feita por razões benignas, pois a maioria dos médicos acredita que esta cirurgia tenha riscos mínimos a longo prazo.
O novo estudo acompanhou a saúde de cerca de 2.100 mulheres submetidas a uma histerectomia e um conjunto combinado de "controles" que não passaram por este procedimento. As histerectomias foram realizadas entre 1980 e 2002 e, em todos os casos, os ovários não foram removidos.
Verificou-se que - em comparação com as mulheres que não se submeteram à histerectomia - as mulheres que realizaram o procedimento apresentaram um risco médio de 14% maior de níveis anormais de gordura no sangue; um risco 13% maior de pressão alta; um risco maior de obesidade de 18% e um risco 33% maior de doença cardíaca.
Os problemas de saúde a longo prazo associados à histerectomia foram especialmente pronunciados em mulheres mais jovens. O estudo descobriu que as mulheres com menos de 35 anos apresentaram um risco 4.6 vezes maior de insuficiência cardíaca congestiva e um risco 2,5 vezes maior de doença arterial coronariana ou um acúmulo de placas de gorduras nas artérias.
Assim, embora as mulheres estejam cada vez mais conscientes de que a remoção de seus ovários represente riscos para a saúde, este novo estudo sugere que a histerectomia realizada isoladamente (sem a remoção dos ovários) tem riscos, especialmente para as mulheres que se submetem à histerectomia antes dos 35 anos de idade.
Com os resultados deste estudo, os autores do estudo incentivam as mulheres a considerar terapias alternativas não cirúrgicas para fibromas, endometriose e prolapso, que são as principais causas de indicação de uma histerectomia.
Por ser de natureza retrospectiva, o estudo só pode indicar associações; mas não pode comprovar causa e efeito.
Fonte: Mayo Clinic, news release, Jan. 3, 2018
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