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04 de fevereiro de 2016 (Bibliomed). A infecção pelo vírus Zika é transmitida por mosquitos Aedes aegypti e geralmente provoca apenas sintomas leves, mas as autoridades de saúde a nível mundial ficaram estarrecidas por causa de uma possível ligação entre o vírus e cerca de 3.900 crianças nascidas com suspeita de microcefalia no Brasil desde outubro de 2015. A condição rara, marcado por uma cabeça anormalmente pequena, está associada com o desenvolvimento incompleto do cérebro.
A Organização Panamericana de Saúde (OPAS) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciaram um aumento de anomalias congênitas, síndrome de Guillain-Barré e outras síndromes neurológicas e autoimunes em áreas onde o vírus Zika está circulando. A OPAS advertiu os países membros a intensificar a detecção, preparar para um possível aumento de casos neurológicos e reduzir a transmissão do mosquito.
Autoridades de saúde brasileiras e norte-americanas estão investigando se pode haver uma associação entre o vírus Zika transmitido pelo mosquito e um aumento nos casos de uma síndrome rara que provoca paralisia, a síndrome de Guillain-Barré.
A Síndrome de Guillain-Barré ocorre quando o sistema imunitário dos indivíduos ataca as suas células nervosas, causando fraqueza muscular e por vezes paralisia. Os sintomas costumam durar algumas semanas. A maioria das pessoas se recupera completamente, mas algumas têm danos nos nervos a longo prazo. Em casos raros, as pessoas morreram, geralmente por dificuldade respiratória.
Autoridades brasileiras identificaram centenas de casos de síndrome de Guillain-Barré. Um número de estados têm relatado aumentos significativos. O estado do Rio Grande do Norte havia reportado por 33 em agosto de 2015, versus 23 casos em todo ano de 2014.
O Ministério da Saúde do Brasil disse em dezembro que estava investigando se a síndrome poderia ser causada pelo vírus Zika. O ministério disse que os sintomas começam nas pernas, antes de irradiar através do tronco, braços e face. A condição é mais perigosa quando se trata de músculos respiratórios. Neste caso, a síndrome pode causar a morte se não forem adotadas medidas de apoio respiratório.
O Centers for Disease Control and Prevention (CDC) dos Estados Unidos enviou uma equipe de quatro membros ao Brasil para ajudar o Ministério da Saúde em sua investigação sobre o número crescente de casos de síndrome de Guillain-Barré e uma conexão potencial para a eclosão do vírus Zika no país.
A porta-voz do CDC, Christine Pearson disse na última quinta-feira que a equipe do CDC, enviada a pedido do Brasil, inclui um neuroepidemiologista e um médico epidemiologista.
Fonte: The Washington Post - January 21, 2016
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