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Misturar bebida alcoólica com energético pode levar a beber mais

25 de julho de 2014 (Bibliomed). A mistura de bebidas energéticas contendo cafeína com álcool parece aumentar o desejo de continuar a beber – isso é o que revela uma nova pesquisa realizada na Universidade Nacional Australiana, em Camberra.

As bebidas energéticas, populares dentre muitos jovens, são atualmente consumidas por mais de um terço dos jovens norte-americanos entre os 18 a 24 anos de idade, de acordo com os Centros dos EUA para Controle e Prevenção de Doenças (CDC). O CDC estima que as pessoas que misturam álcool com bebidas energéticas estão sob o triplo do risco de beber de modo abusivo, em comparação com aqueles que não o fazem. A agência define beber de modo abusivo, para os homens, a atitude de ingerir cinco ou mais bebidas alcoólicas dentro de um curto período de tempo. Para as mulheres, seria ingerir quatro ou mais doses num período de tempo curto.

Para o novo estudo, publicado na edição online agosto da revista médica Alcoholism: Clinical and Experimental Research, os pesquisadores se concentraram em 75 homens e mulheres australianos com idades de 18 a 30 anos. Nenhum deles tinha um histórico de dependência de álcool ou drogas..

A cerca de metade dos jovens foram fornecidos coquetéis compostos de vodka, suco de frutas e da bebida energética. Os demais ingeriram coquetéis de vodka e suco misturado apenas com água com gás. Depois de ingerir as bebidas, os dois grupos disseram que se sentiam mais ou menos o mesmo grau de estimulação.

No entanto, verificou-se que aqueles que beberam o combo vodka-energético estavam muito mais propensos a dizer que gostaram de seu cocktail, e expressar um maior desejo por mais.

Segundo os autores da pesquisa, os resultados sugerem que a combinação bebida alcóolica-energético poderia levar a um maior risco de beber de modo abusivo.

Eles ainda concluíram que, com base no estudo, não se pode ter a certeza se era a cafeína ou os aditivos açucarados que tornaram a bebida energética e a vodka mais atraentes do que beber álcool isoladamente.

Fonte: Alcoholism: Clinical and Experimental Research , agosto 2014.