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Erro de Diagnóstico Provoca Circuncisão Desnecessária

NOVA YORK (Reuters Health) - Muitas circuncisões desnecessárias estão sendo feitas no Reino Unido, afirmam pesquisadores britânicos.

Atualmente, cerca de 3,8 por cento dos meninos são circuncidados na Inglaterra. Um estudo sugere, no entanto, que somente cerca de 0,6 por cento dos meninos realmente precisam ser submetidos ao procedimento por necessidade médica.

A principal causa das circuncisões desnecessárias é o diagnóstico incorreto de fimose -- um problema em que o prepúcio não pode ser puxado para trás sobre a cabeça do pênis -, de acordo com um estudo publicado na edição de 30 de setembro de British Medical Journal.

"Muitos meninos ingleses, especialmente aqueles com menos de 5 anos, ainda estão sendo circuncidados devido ao diagnóstico equivocado da fimose", afirmaram Anthony M. K. Rickwood, do Departamento de Urologia do Hospital Infantil Alder Hey, em Liverpool, e sua equipe.

"No nascimento, o prepúcio quase que, invariavelmente, não se retrai, no entanto, isso é passageiro e o problema se resolve em quase todos os meninos à medida que eles crescem", destacam os pesquisadores.

Além disso, "uma redução na proporção de meninos ingleses circuncidados para uma meta atingível de 2 por cento resultaria em cerca de 6.000 menos circuncisões a cada ano, com uma economia correspondente de 3 milhões de libras".

Embora a frequência exata seja desconhecida, estima-se que 1,2 milhão de recém-nascidos do sexo masculino sejam circuncidados nos Estados Unidos anualmente, com um custo de 150 milhões de dólares a 270 milhões de dólares.

Essa prática tem sido defendia por razões que variam desde ritual simbólico até medidas de saúde preventivas.

De acordo com a Academia Americana de Pediatria (AAP), até a última metade deste século, tem havido evidências científicas limitadas para dar suporte ou repudiar a prática da circuncisão masculina de rotina.

"Evidências científicas demostram benefícios médicos potenciais da circuncisão masculina do recém-nascido", afirmou a AAP em uma pronunciamento.

"Estes dados, no entanto, não são suficientes para recomendar a circuncisão neonatal de rotina. Em circunstâncias em que existem benefícios e riscos potenciais, mas o procedimento não é essencial para o bem-estar da criança, os pais devem determinar o que é maior interesse da criança", acrescentou a AAP.

Sinopse preparada por Reuters Health

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