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Retinopatia diabética causa cegueira

05 de agosto de 2013 (Bibliomed). O diabetes é uma doença que afeta a glicose e pode causar danos em outros órgãos. A visão dos diabéticos merece atenção especial, pois uma das consequências da doença é a chamada retinopatia diabética, responsável por deixar cegos cerca de 1,8 milhões de brasileiros.

A retinopatia diabética é progressiva e afeta os vasos sanguíneos do olho, causando estreitamento e às vezes bloqueio deles, além de enfraquecimento da sua parede, o que ocasiona deformidades conhecidas como microaneurismas. A doença atinge mais de 75% das pessoas diabéticas há mais de 20 anos e pode levar a uma perda parcial ou total da visão.

Existem duas formas de retinopatia diabética: exsudativa e proliferativa. A primeira ocorre quando as hemorragias e as gorduras afetam a mácula, região central da retina, essencial para a leitura. Já a segunda surge quando a doença dos vasos sanguíneos da retina progride, o que ocasiona a proliferação de novos vasos anormais que são chamados "neovasos". Esses são extremamente frágeis, podem sangrar e também se proliferar para o interior do olho causando graus variados de destruição da retina, dificuldades de visão e até mesmo a cegueira em consequência de um descolamento.

A doença pode ser prevenida através do controle cuidadoso do diabetes, o que inclui uma dieta adequada, o uso de pílulas hipoglicemiantes, insulina ou com uma combinação desses tratamentos, prescritos pelo médico endocrinologista. Já o tratamento é feito com fotocoagulação por raio laser, procedimento que cauteriza pequenas áreas da retina doente na tentativa de prevenir o processo de hemorragia. Contudo, esse procedimento deve ser realizado logo que surjam os primeiros sintomas.

A retinopatia diabética será um dos temas dos Congressos Brasileiro e Pan-Americano de Oftalmologia 2013, que ocorrerá de 7 a 10 e agosto no Rio de Janeiro, tendo como objetivo discutir formas de laserterapia e a aplicação terapêutica de corticoide intravítreo e anti-angiogênicos, bem como a liberação de alguns tratamentos com estas drogas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

Fonte: Congressos Brasileiro e Pan-Americano de Oftalmologia de 2013.

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