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Crianças que sofrem violência estão em maior risco para obesidade na fase adulta

22 de maio de 2013 (Bibliomed). Estudo publicado no Molecular Psychiatry mostrou que crianças que sofrem maus tratos são 36% mais propensas a serem obesas quando adultas quando comparadas a crianças que não sofreram maus tratos. Realizado no King College of London, na Inglaterra, a meta-análise baseou-se dados 41 estudos que somaram 190.285 indivíduos distribuídos em todo o mundo.

Maus tratos graves na infância (abuso físico, sexual ou emocional, ou negligência) afetam aproximadamente uma em cada cinco crianças (menores de 18) no Reino Unido. Além das consequências negativas para saúde mental a longo prazo, há evidências crescentes de que maus tratos na infância podem afetar a saúde física pelo resto da vida.

A meta-análise dos pesquisadores britânicos levou em consideração aspectos como status sócio-econômico, tabagismo, ingestão de álcool ou atividade física e constatou que nenhum desses fatores alterava significativamente os índices de obesidade entre adultos que sofreram maus tratos enquanto crianças. Além disso, os maus tratos na infância não estavam associados à obesidade em crianças e adolescentes, o que torna improvável que a relação seja explicada por causalidade reversa (ou seja, as crianças são maltratadas por serem obesas).

No entanto, a análise mostrou que quando a depressão atual foi levada em conta, a ligação entre maus tratos na infância e obesidade na idade adulta já não era significativa, o que sugere que a depressão pode ajudar a explicar porque alguns indivíduos maltratados se tornarem obesos.

De acordo com os pesquisadores, a prevenção aos maus tratos a crianças é fundamental para garantir sua saúde física e emocional a curto, médio e longo prazo.

Fonte: EurekAlert!, 21 de maio de 2013

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