Folhetos de saúde

Cataplexia

© Equipe Editorial Bibliomed

O que é a cataplexia?

A cataplexia é um fenômeno caracterizado pela perda súbita do tônus muscular postural, com conseqüente queda ao solo, associado a emoções intensas.

Esta doença tem uma forte associação com a narcolepsia, estimando-se que cerca de 70% dos narcolépticos apresentem tal distúrbio. A cataplexia pode tanto preceder o quadro de narcolepsia, como pode surgir após uma década de sintomas narcolépticos.

Como se detecta?

A identificação da doença baseia-se na história clínica, através do relato dos sintomas pelo doente, e sua associação com a ocorrência de episódios de emoções intensas.

A perda de tônus muscular mais comum é a do tipo postural, ou seja, o indivíduo cai ao solo durante os ataques da doença. Porém, não raramente, pode haver perda parcial do tônus, tal como quando o doente deixa cair um objeto da mão.

A perda do tônus postural também pode ser subdividida em dois tipos: generalizada, quando o doente cai de joelhos; ou global, quando a queda se dá por completo no solo.

O mais comum é que os ataques durem menos de um minuto, todavia alguns indivíduos podem vivenciar ataques mais prolongados.

Acredita-se que os ataques de cataplexia estejam associados a anormalidades do sono REM (“movimentos rápidos dos olhos”), sendo que a perda do tônus muscular seria o correspondente da perda dos movimentos intencionais que ocorrem durante os sonhos.

Como se trata?

O tratamento da cataplexia deve ser conduzido pelo médico habilitado no manejo de tais distúrbios. Faz-se necessária uma investigação cuidadosa, uma vez que os ataques de cataplexia podem ser um indicador da presença de lesão no cérebro ou no sistema nervosos central.

Os medicamentos mais usados para contornar a ocorrência de crises são os antidepressivos. O tratamento adequado costuma controlar bem a doença, com redução acentuada na freqüência de crises.

Dessa forma, reitera-se a importância de acompanhamento médico especializado, a fim de minimizar os transtornos produzidos pela doença, e de se efetuar as investigações necessárias para se descartar a presença de lesão encefálica associada.

Lembre-se, somente o médico poderá orientá-lo na abordagem desta condição.

Fontes:

Simon RP, Sunseri MJ. Distúrbios do sono e do despertar. In: Goldman L, Bennet JC. CECIL Tratado de Medicina Interna. 21a ed, editora Guanabara Koogan S.A. RJ, 2001: 2265 – 2269.

Martinez D. Dissônias. In: Martinez D. Prática da Medicina do Sono. Editora FUNDO EDITORIAL BYK, SP, 1999: 115 – 122.

 

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