É normal que pais tenham medo de que seus filhos desenvolvam problemas com o álcool durante a adolescência. Um novo estudo aponta que é possível prever os riscos de isso acontecer de acordo com as diferenças entre os cérebros de jovens que bebem muito e colegas que permanecem sóbrios.
Pesquisadores da Universidade da Califórnia (EUA) acompanharam um grupo de adolescentes durante um período de três anos. Os jovens que desenvolveram o hábito de beber muito (entre quatro e cinco bebidas alcoólicas em uma ocasião) demonstraram menor atividade na região cerebral responsável pela memória funcional antes mesmo de experimentarem álcool pela primeira vez.
“Isso não quer dizer que nós vamos colocar todos os jovens em scanners de cérebros. Isso não seria financeiramente eficiente”, explica a pesquisadora Linsday Squeglia. Mas a descoberta pode fazer com que pais e professores fiquem atentos a jovens que demonstrem deficiência na memória funcional, abordando essa questão como um fator de risco.
A pesquisa foi publicada no periódico Journal of Studies on Alcohol and Drugs.