Praticar exercícios físicos pode proteger os rins

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Medicina

O hormônio irisina, liberado durante a prática de atividade física, tem se mostrado eficaz para a proteção dos rins de pessoas diabéticas dos danos causados pela progressão da doença. Popularmente conhecido como "hormônio do exercício", a irisina é considerada pelos cientistas como um dos principais mensageiros químicos responsáveis pela longa lista de benefícios proporcionados pela atividade física regular ao organismo humano.

No estudo, os pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) induziram o diabetes em ratos com oito semanas de idade e mediram indicadores de danos renais, como a presença de albumina na urina. A perda dessa proteína é sinal de que as células renais já começaram a sofrer os efeitos do diabetes. Os pesquisadores dividiram os aniamis em três grupos: controle, diabéticos sedentários e diabéticos que se exercitavam regularmente. Em uma segunda etapa, os pesquisadores injetaram medicamentos nos roedoeres diabéticos que praticavam exercícios para bloquear a ação renal da irisina. Os resultados mostraram que, quando bloqueada a ação da irisina, os benefícios do exercício físico para os rins cessaram.

Os autores fizeram testes em células tubulares renais humanas cultivadas em laboratório para saber se o tratamento com irisina seria capaz de evitar as alterações da glicose elevada. Durante o processo de filtragem feito pelos rins, os túbulos renais reabsorvem e devolvem ao sangue a água, eletrólitos e nutrientes necessários. No teste, eles foram imersos em um meio que simulava as condições do diabetes e continha o hormônio na sua forma recombinante, fabricada pela indústria, com resultado sendo positivo.

Com esses resultados, os pesquisadores concluíram que o exercício físico aumenta a irisina no músculo e na circulação e que, nos rins, a presença desse hormônio ativa a enzima AMPK, que bloqueia os mecanismos da fibrose renal. Logo, diabéticos devem ser estimulados a praticarem atividade física para protegerem seus rins;

Fonte: Nature Reports. DOI: 10.1038/s41598-022-13054-y.

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