Fumantes de meia-idade são muito mais propensos a relatar perda de memória e confusão mental do que não fumantes, mas o declínio cognitivo cai entre aqueles na faixa dos 40 e 50 anos que pararam de fumar, mesmo recentemente, diz um novo estudo da Ohio State University, nos Estados Unidos.
A prevalência de declínio cognitivo subjetivo entre os fumantes pesquisados para o estudo – determinada perguntando às pessoas se elas tiveram piora ou perda de memória mais frequente e/ou confusão – foi quase 1,9 vezes maior que a dos não fumantes, descobriram os pesquisadores. Esse declínio cognitivo entre as pessoas que pararam de fumar há menos de 10 anos foi 1,5 vezes maior do que entre os não fumantes.
Mas as pessoas que abandonaram o hábito mais de uma década antes de responder à pesquisa tiveram uma prevalência de declínio cognitivo subjetivo um pouco acima do grupo de não fumantes.
Os cientistas usaram dados do Sistema Nacional de Vigilância de Fatores de Risco Comportamental de 2019 para analisar a relação entre declínio cognitivo subjetivo e tabagismo, pesquisando participantes com 45 anos de idade ou mais.
Dos 136.018 entrevistados, aproximadamente 10% relataram declínio cognitivo, principalmente entre fumantes atuais, seguidos por ex-fumantes recentes e ex-fumantes que fumaram bastante anos antes, em comparação com os que nunca fumaram.
De acordo com os pesquisadores, essas descobertas podem implicar que o tempo desde a cessação do tabagismo é importante e pode estar ligado a resultados cognitivos.
Fonte: Journal of Alzheimer’s Disease. DOI: 10.3233/JAD-220501.