Estudo realizado pela Universidade do Texas, nos Estados Unidos, mostrou que existe uma forte relação entre autoestima e a criação de vínculos profundos de amizade. Essa conclusão vem de uma revisão de 52 estudos que examinaram o impacto da autoestima e amizades entre mais de 47.000 homens e mulheres. Os estudos foram conduzidos entre 1992 e 2016, em uma ampla gama de países, incluindo os Estados Unidos.
Seis em cada 10 participantes eram brancos, e as idades variaram desde a primeira infância até os idosos. Para homens e mulheres de todas as idades, ter forte apoio social e aceitação resulta em autoestima mais elevada. O inverso também parecia valer: a baixa autoestima minava a capacidade de desenvolver fortes conexões sociais, segundo os pesquisadores. E amizades fracas pareciam minar o senso de autoestima.
O ciclo pode ter raízes profundas na maneira como as crianças são criadas. Os pais que instilam uma forte autoestima em seus filhos podem estar ajudando-os a desenvolver amizades mais saudáveis mais tarde, sugerem os pesquisadores. E, por sua vez, essas amizades acabam aumentando ainda mais a autoestima das crianças.
De acordo com os pesquisadores, o vínculo recíproco entre autoestima e relações sociais implica que os efeitos de um ciclo de feedback positivo se acumulem ao longo do tempo e possam ser substanciais à medida que as pessoas passam a vida.
Fonte: Journal of Personality and Social Psychology. DOI: 10.1037/pspp0000265.