Artigos de saúde
Albérico Aureliano Tejo
Antônio Almeida
Cláudia Jacqueline Mendes Dos Santos
Débora de Cássia Silva
José Adriano de Oliveira
Míriam Gabrielle Barros de Oliveira
Sérgio Alexandre de Medeiros Alas*
* Alunos de Graduação em Nutrição da Faculdade do
Vale do Ipojuca – FAVIP,
sob a orientação da Professora Karina Correia da Silveira
Neste Artigo:
- Introdução
- Fibra Alimentar (FA)
- Prebióticos e Probióticos
- Efeitos
atribuídos aos Probióticos e Prebióticos
Os alimentos funcionais estão cada vez sendo mais consumidos por que além de fornecerem nutrientes necessários ao organismo possuem propriedades especiais, relacionadas com a promoção da saúde, podendo reduzir os riscos das doenças, principalmente as crônicas, que mais acometem as populações mundiais como o câncer, obesidade, hipertensão arterial, diabetes mellitus e doenças cardiovasculares.
Nos últimos anos a ciência da nutrição tem tomado outro rumo, novas fronteiras se abrem ligando a nutrição e medicina com o surgimento de alimentos funcionais. O termo funcionalidade significa a propriedade do alimento que vai além de fornecer nutrientes. É um conceito até certo ponto novo e que tem variados alcances e uma vasta nomenclatura: nutracêuticos, alimentos de desenho, alimentos para uso médico, alimentos para uso saudável, entre outras.
O consumo desses alimentos vem aumentando bastante, como resultado de uma preocupação individual com a saúde. Porém, alguns alimentos não possuem ação científica comprovada, devido à grande variedade de alimentos existentes e às inúmeras etapas de avaliações necessárias para comprovar seus efeitos.
As doenças crônicas que mais preocupam, principalmente os países desenvolvidos, estão muitas vezes associadas com a dieta: câncer, obesidade, hipertensão, doenças cardiovasculares. No entanto, devido à complexidade dessas citadas inter-relações entre os componentes dos alimentos, traçar uma relação de causa e efeito inequívoca e definitiva é praticamente impossível. Os alimentos funcionais correspondem a aproximadamente 7% do mercado mundial de alimentos. Assim, neste primeiro artigo sobre os alimentos funcionais, procuramos abordar alguns alimentos funcionais que tem sua atividade razoavelmente estudada.
FA é a parte comestível de plantas ou carboidratos análogos, que são resistentes à digestão e à absorção no intestino grosso de seres humanos. A FA inclui polissacarídeos, oligossacarídeos, lignina e substâncias associadas de plantas. A FA promove efeitos fisiológicos benéficos, facilita a evacuação, diminui o colesterol sanguíneo e a glicose sanguínea.
Alguns componentes dessas fibras são denominados prebióticos, chegando intactos ao intestino grosso, sem ter sofrido nenhum tipo de degradação ou absorção, e lá são metabolizados seletivamente, por um número limitado de bactérias denominadas benéficas. Estas são assim chamadas, pois alteram a microbiota do cólon, gerando uma microbiota bacteriana saudável, capaz de induzir efeitos fisiológicos importantes para a saúde.
Pesquisas realizadas nos últimos 25 anos demonstraram que os efeitos das fibras, sobre o trato gastrintestinal, têm importantes conseqüências metabólicas que podem resultar em redução do risco de doenças como câncer, diabetes mellitus (tipo 2) e doenças cardiovasculares.
A Fibra Alimentar, também atua das seguintes formas:
As principais fontes de fibras são grãos (aveia, cevada e centeio), Frutas (maçã, limão, laranjas, lima), vegetais, legumes e tubérculos.
Os prebióticos e os probióticos são atualmente os aditivos alimentares, que compõem os alimentos funcionais, estando geralmente presentes em produtos como iogurtes naturais ou industrializados. Prebióticos são componentes alimentares não digeríveis, que afetam beneficamente o hospedeiro, por estimularem seletivamente a proliferação ou atividade de bactérias habitantes normais do intestino grosso. Adicionalmente, o prebiótico pode inibir a multiplicação de patógenos, garantindo benefícios adicionais à saúde do hospedeiro. Esses prebióticos são fibras como a inulina e o fruto oligossacarídeo, ingeridas na dieta e fermentadas no intestino pela microbiota intestinal. As principais fontes de inulina e oligofrutose, empregadas na indústria de alimentos são a chicória (Cichorium intybus) e a alcachofra de Jerusalém (Helianthus tuberosus).
Os probióticos são microrganismos vivos, administrados em quantidades adequadas, que conferem benefícios à saúde do hospedeiro. A influência benéfica dos probióticos, sobre a microbiota intestinal humana, inclui fatores como efeitos antagônicos, competição e efeitos imunológicos, resultando em um aumento da resistência contra patógenos.
Efeitos atribuídos aos Probióticos e Prebióticos
Os benefícios à saúde conferidos pelos probióticos são: Controle da microbiota intestinal; estabilização da microbiota intestinal após o uso de antibióticos; promoção da resistência gastrintestinal à colonização por patógenos; diminuição da população de patógenos através da produção de ácidos acético e lático, de bacteriocinas e de outros compostos antimicrobianos; promoção da digestão da lactose em indivíduos intolerantes à lactose; estimulação do sistema imune; alívio da constipação; aumento da absorção de minerais e produção de vitaminas. Embora ainda não comprovados, outros efeitos atribuídos a essas culturas são a diminuição do risco de câncer de cólon e de doença cardiovascular.
Copyright © 2007 Bibliomed, Inc. 24 de setembro de 2007
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