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Dor de Barriga

Neste artigo:

- Que tipo de alimento o nosso corpo rejeita?
- O que causa a intolerância alimentar?
- Em que fase da vida a intolerância alimentar é mais frequente?
- Exatamente, que tipo de reações podem ocorrer?
- Se, por algum motivo, eu mudar drasticamente minha alimentação, posso vir a ter propensão a alergias?
- Que alimentos são melhores para se consumir no inverno? E no verão?
- Nosso corpo ‘sabe’ que alimentos escolher?
- Entre paladar e nutrição, portanto, qual o melhor caminho?
- Alergia – existe cura?
- Ao vencedor, as farinhas

De uma hora para outra, sem que se dê conta do porquê, uma pessoa pode ser acometida de uma indisposição estomacal, que pode vir acompanhada de vários sintomas. Procurando a causa, logo se descobre que foi um dado alimento que a pessoa ingeriu horas antes. Pode ser um alimento que ela jamais tenha provado ou, em alguns casos, um alimento comum em seu cardápio até então. De repente, uma torta deliciosa, um pedaço de carne ou um certo tipo de peixe pode vir a se tornar incompatível com o organismo. O que fazer? Como se tratar? Que problemas podem ocorrer se a pessoa não cortar aquele alimento de sua dieta? Estas e outras questões se encontram aqui para sua informação.

Que tipo de alimento o nosso corpo rejeita?

Em geral, qualquer tipo de alimento pode vir a causar intolerância no organismo, ou produzir uma reação alérgica. Entre os alimentos que são mais comuns em matéria de rejeição, encontramos desde o camarão, a carne de porco, o presunto e até o álcool ou mesmo alguns tipos de farinha.

Quando, depois de uma refeição, "não passamos bem" ou começamos a sentir indisposições. Podem ocorrer pruridos (coceiras) pelo corpo todo, incluindo barriga, mãos, pés e rosto. Essas coçeiras podem vir acompanhados de um certo inchaço, em todo o corpo. Também ocorrem reações de náusea, vômitos e diarréia, nem todas em conjunto.

A intolerância ao alimento pode ser detectada através de manifestações clínicas de alergia alimentar, ou seja, dos sintomas que a pessoa apresenta. Caso esses sintomas sejam socorridos em tempo, acabam não passando de um susto. Um susto, porém, que poderá merecer cuidados especiais pela vida toda, desse dia em diante.

O que causa a intolerância alimentar?

Digamos que, em dado momento, corpo e elemento externo (o alimento) se encontrem em uma fase de "incompatibilidade de gênio". Ou seja, a partir de um dado instante, o nosso organismo não mais se entende com um certo alimento. Ele o rejeita. Na verdade, o organismo apresenta uma rejeição por algum componente que se encontra naquele alimento. Descobrir qual é esse componente não é tarefa fácil para um médico, mas é fundamental que sejam feitos testes para que a pessoa não venha a ingerir outro alimento em que o mesmo componente esteja presente, pois sofrerá novamente a mesma indisposição.

Em que fase da vida a intolerância alimentar é mais frequente?

Qualquer indivíduo, em qualquer fase da vida, pode ser surpreendido com uma repentina intolerância ou alergia a um dado alimento. Em geral, os sintomas se iniciam na infância – e isso pode acontecer desde os primeiros dias de vida".

Exatamente, que tipo de reações podem ocorrer?

São as seguintes as mais frequentes:

- respiratórias: rinite, tosse, asma, otite.
- gastrointestinais: cólica, diarréia, vômitos.
- cutâneas: urticária, dermatite, prurido, etc.
- neurológicas: enxaqueca, vertigem, distúrbios visuais, por exemplo.

Também pode ocorrer artrite, febre, e até mesmo irregularidade menstrual nas mulheres.

Se, por algum motivo, eu mudar drasticamente minha alimentação, posso vir a ter propensão a alergias?

Sim, principalmente se a mudança for de uma dieta mais leve para outra mais forte ou completamente estranha ao organismo. Em casos de súbita mudança de hábitos alimentares, as condições físicas gerais, o fator emocional e as condições imunológicas da pessoa se encontram alteradas e isso pode desencadear uma reação.

Que alimentos são melhores para se consumir no inverno? E no verão?

Basicamente, no verão se aconselha mais frutas e alimentos leves, enquanto que no inverno podemos consumir mais caldos e sopas nutritivas.

No entanto, em qualquer época do ano, é preferível escolher sempre os alimentos mais naturais, sem grande concentração de gorduras, açucares e aditivos químicos.

Nosso corpo ‘sabe’ que alimentos escolher?

Nosso corpo, de alguma maneira e até certo ponto, ‘sabe’ que alimentos escolher em cada época do ano, mas o problema é que nossa vontade não tanto. Nem sempre fazemos a escolha certa. Isto porque escolhemos o que comer mais pela aparência e pelo aroma, sem levar em conta se aquele alimento é saudável ou não.

Em alguns centros de ioga, os iogues são ensinados a ficar ‘desapegados do sabor’, buscando mais o valor dos nutrientes do organismo e não a satisfação do apetite por um apelo visual, de sabor ou de cheiros.

Entre paladar e nutrição, portanto, qual o melhor caminho?

"Gosto é algo muito individual. As crianças escolhem o que comer pelo sabor, pelo alimento que mais as agrade. Já os adultos têm desenvolvido atualmente uma maior consciência alimentar.

Alergia: existe cura?

Existem tratamentos e, em alguns casos, a pessoa poderá desenvolver a tolerância ao alimento alergênico.

Esse é um processo muito delicado, que deve ser acompanhado de perto por um profissional de saúde. E terá maior chance de êxito quanto maior for a colaboração do paciente.

Ao vencedor, as farinhas

Algumas pessoas descobrem que têm uma intolerância ao glúten, que é encontrado em quase todo tipo de farinha. Um inocente pão com manteiga, por exemplo, pode desencadear um tipo especial de distúrbio alimentar chamado doença celíaca (também chamada spru tropical).

Foi em 1888 que Samuel Gee, um pesquisador inglês, considerou que as farinhas poderiam ser as causadoras dessa doença, o que foi confirmado anos depois por Dicke, pediatra holandês.

Este observou que durante a guerra, quando o pão andava escasso na Europa, os casos de doença celíaca diminuíram. Alguns anos depois ele comprovou a teoria, concentrando-se no papel do glúten (contido no trigo, cevada, aveia e centeio) ao provocar a doença.

Os portadores de doença celíaca devem evitar qualquer tipo de farinha, pois, por uma predisposição genética, não conseguem absorver esse tipo de alimento.

Uma curiosidade, é o nosso pão de queijo, que é uma exceção. Nele não está presente a gliadina, o componente do glúten que os celíacos não devem ingerir.

Segundo alguns gastro-pediatras, em certa época da vida os sintomas desaparecem, mas eles retornam e o tratamento da doença celíaca, depois de feitos exames especiais e constatada a ocorrência, deve ser uma dieta especial pelo resto da vida. Com isso, a pessoa pode levar uma vida normal, desde que controlada.

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