Artigos de saúde
Entre várias doenças que afetam as vias respiratórias, a sinusite é uma das mais
freqüentes. É a inflamação da mucosa dos seios paranasais e das cavidades que existem
no interior dos ossos da face.
A sinusite pode classificar-se quanto à sua duração em aguda com até quatro semanas de
evolução, subaguda de quatro semanas a três meses e a crônica com evolução superior
a três meses. Qualquer alteração que leve à obstrução do óstio (orifício que
comunica o seio da face com o nariz) ou então que altere a composição do muco
(secreção que existe dentro do seio) pode desencadear sinusite.
As causas mais comuns são a rinite viral aguda (gripe), alergia (moradia inadequada,
mudanças de clima, ar condicionado, poluição e fumo), desvio de septo, hipertrofia
adenóide, irritantes locais (abuso de medicamentos tópicos com vasoconstritor, cocaína)
e a natação e mergulho. A sinusite pode trazer complicações como bronquite, pneumonia,
otite média, otite serosa, meningite, abscesso cerebral e perda de visão.
O diagnóstico de sinusite nem sempre é fácil, devido à variedade de sintomas e sinais.
Na sinusite aguda na maioria das vezes, há queixa de gripe de sete a vinte dias de
evolução com aparecimento de secreção amarelada ou esverdeada, com mau cheiro,
obstrução nasal e dor na face, que piora pela manhã e quando o paciente abaixa a
cabeça para adiante. É também comum dor nos dentes da arcada superior. Na sinusite
crônica o sintoma mais freqüente é a drenagem de secreção amarelada ou esverdeada
posterior, a dor e peso na região periocular e a presença de faringites de repetição.
Em crianças, a presença de secreção nasal de qualquer tipo, tosse (especialmente
noturna), respiração bucal, otites médias de repetição levam a suspeitar de sinusite
crônica. Existem vários métodos para o diagnóstico de sinusite: radiografia simples
dos seios da face, tomografia computadorizada, nasofaringoscopia por fibra ótica e
ressonância nuclear magnética.
Tratamento
O tratamento baseia-se na tentativa de combater a infecção e restabelecer as funções
de drenagem, ventilação, bem como corrigir possíveis fatores predisponentes. É
indicado o uso de antibióticos, geralmente de 10 a 14 dias, antiinflamatórios,
descongestionantes nasais.
Nos casos rebeldes ao tratamento clínico está indicada a punção do seio para permitir
a lavagem e instilação de medicamentos.
Atualmente a cirurgia funcional dos seios da face, seja por via endoscópica ou por
microscopia, tem como objetivo principal restabelecer a ventilação e drenagem adequada
dos seios paranasais, ao contrário de toda mucosa doente. A cirurgia está indicada
quando todos os tratamentos falham, nas complicações oculares e intracranianas sem
resultado com tratamento medicamentoso.
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