Artigos de saúde
Pesquisadores da Universidade Estadual da Pennsylvania, no University Park, estudaram os efeitos do tamanho das porções servidas em uma refeição em crianças de 3 a 5 anos de idade, para observar se realmente havia, com se suspeitava, uma influência do tamanho das porções no ato de comer demais, a despeito da fome. O estudo foi publicado na edição de fevereiro da revista Journal of the American Dietetic Association.
A líder dos pesquisadores, a Dra. Barbara J. Rolls, disse que "para crianças que já aprenderam a responder às exigências ambientais, a despeito da fome que sentem, o fato de se servir grandes porções pode estimular o hábito de comer demais."
Para verificar esta hipótese, a equipe estudou 32 crianças de 3 a 5 anos de idade, em três dias diferentes. Em cada um destes dias, foi servida a mesma refeição (macarrão com queijo, salada de cenoura, leite e compota de maçã) em porções de três tamanhos diferentes: em um dia uma porção grande, no outro uma porção média e no outro uma porção pequena.
Todas as refeições foram servidas em pratos do mesmo tamanho nos três dias. Os pesquisadores observaram que, à medida em que as crianças ficam mais velhas, elas passam a ignorar a fome como um sinal de quando começar e quando parar de comer, e passam a reagir a outros sinais, como o tamanho da porção servida.
As crianças mais velhas foram mais propensas a comer toda a comida oferecida, independente do tamanho da porção, do que as crianças de 3 anos de idade. A Dra. Rolls diz que não está ainda esclarecido como as crianças eventualmente deixam de responder, com a idade, aos sinais biológicos, como a sensação de fome e de satisfação. O fato é que esta falta de resposta, aliada ao hábito dos pais de servir porções grandes demais de comida às crianças, e às exigências de que elas ‘limpem o prato,’ pode levar à ingestão excessiva de comida, com inúmeras conseqüências, incluindo obesidade.
Muitos outros estudos e estatísticas do governo estão apontando um aumento crescente da obesidade entre crianças americanas. A obesidade infantil também tem sido relacionada ao hábito de assistir televisão por tempo demais e à falta de prática de atividades físicas.
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