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Transplante de medula aumenta chances de vida de crianças com neuroblastoma

25 de novembro de 2011 (Bibliomed). O neuroblastoma é uma doença que em que as células malignas do câncer atingem partes do sistema nervoso periférico, desde a região do cérebro até coluna, tórax e abdômen, sendo mais comuns nas glândulas adrenais. Geralmente, o problema atinge crianças com menos de cinco anos de idade e pode apresentar regressão espontânea em alguns casos.

Estudo realizado na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) avaliou dados clínicos, laboratoriais e terapêuticos de crianças com mais de um ano que tinham neuroblastoma, cujo tratamento consistia em uma combinação entre quimioterapia e transplante de medula óssea. Os resultados mostraram que mesmo os quadros cujo prognóstico era bastante ruim apresentaram melhora significativa após o transplante.

O estudo mostrou a eficácia do ácido retinoico no tratamento, concluindo que os pacientes que o utilizam têm até 14 vezes mais chances de cura. “Alguns trabalhos já vinham sugerindo isso, mas nós comprovamos a importância significativa deste ácido durante o tratamento. Principalmente, porque ele é eficaz no combate a neuroblastomas já avançados”, diz Jairo Cartum, autor da pesquisa.

A análise de 53 crianças serviu como base para avaliação dos efeitos da combinação entre transplante e quimioterapia. Dessas, 23 crianças seguiram para o transplante e 30 permaneceram com tratamento quimioterápico. Os pacientes que realizaram transplante apresentaram melhor sobrevida em relação ao grupo que não foi submetido a essa.

Para que o paciente possa ser submetido a um transplante, ele deve apresentar resposta clinica adequada à quimioterapia. Como a realização de transplantes de medula óssea no Brasil esta aumentando, o pesquisador sugere que a criação de centros de referência em neuroblastoma pode contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes e desenvolvimento de novas pesquisas.

Fonte: Agência USP, 10 de novembro de 2011

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