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Hipotermia pode ajudar vítimas de derrames

24 de janeiro de 2011 (Bibliomed). Uma pesquisa realizada por cientistas escoceses descobriu que esfriar o cérebro de pacientes que sofreram derrame pode melhorar drasticamente o processo de recuperação. Técnicas semelhantes a esta já foram experimentadas para tratar pessoas que tiveram ataques do coração e condições congênitas, e foram bem sucedidas.

Os médicos diminuem a temperatura do paciente apenas alguns graus, por volta de 35 C°. Soro frio é injetado nas veias do paciente e a pele é coberta com bolsas geladas. Isso faz com que o corpo entre em um estado artificial de hibernação. Neste estado, o cérebro consegue sobreviver utilizando menos sangue do que normalmente utilizaria, dando aos médicos mais tempo para tratar vasos sanguíneos estourados ou bloqueados.

De acordo com o líder da equipe responsável pelo experimento, Dr. Malcom Macleod, 1000 europeus morrem todos os dias de derrame e o dobro desse número sobrevive com sequelas. “Nossas estimativas são de que a hipotermia pode melhorar os resultados de 40.000 europeus cada ano”.

O estudo está pronto para entrar em sua fase prática e está apenas aguardando investimentos. O médico responsável pelo projeto de pesquisa europeu, o professor Dr Stefan Schwab afirma que “À medida que a população envelhece, esse experimento vai se tornar ainda mais importante, e o benefício do esfriamento demonstrado no estudo proposto vai definir parâmetros para futuros estudos de hipotermia, estendendo a elegibilidade do tratamento para um número ainda maior de pacientes”.

Os resultados do estudo também estão sendo observados pela Agência Espacial Européia, devido às suas futuras possíveis aplicações em longas viagens espaciais.

Fonte: BBC. 24 de janeiro de 2011.

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