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Estudo aponta que variações genéticas podem indicar risco de câncer no ovário

23 de abril de 2009 (Bibliomed). Cientistas da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, descobriram que a presença de algumas variações genéticas pode indicar o risco de a mulher desenvolver câncer de ovário. O estudo é importante por indicar uma nova forma de descobrir a doença, visto que o câncer de ovário é o câncer ginecológico mais difícil de ser diagnosticado e o que mais mata no Brasil.

Examinando informações genéticas de 417 pacientes com câncer e 417 mulheres saudáveis, os cientistas identificaram 12 variações genéticas que estavam significativamente associadas ao risco de câncer ovariano. Segundo os especialistas, as mulheres que apresentavam de seis a oito dessas variações, ou genótipos, eram duas vezes mais propensas a desenvolver o câncer. E ter oito ou mais variações aumentaria o risco em 4,5 vezes.

As descobertas, apresentadas no encontro anual da Associação Americana de Pesquisa do Câncer, “poderiam ser usadas para desenvolver um teste que prevê a suscetibilidade ao câncer de ovário”. Os pesquisadores calculam que isso pode ser possível dentro de dez anos, com uma margem de risco no diagnóstico de um em 20 ou de um em 40 casos.

Eles destacam que, junto a esse teste genético, os médicos devem considerar o histórico familiar e de uso de terapia de reposição hormonal após 55 anos para calcular o risco de câncer de ovário. E o fato de não ter filhos também aumentaria as chances de ter a doença, compondo o conjunto de fatores de risco a serem considerados.

Fonte: American Association for Cancer Research's 100th annual meeting. 20 de abril de 2009.

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