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Maioria das Mulheres não se Arrepende de Fazer Aborto

NOVA YORK (Reuters Health) - Apesar de a decisão de interromper a gravidez não ser fácil nunca, poucas mulheres que fizeram aborto no primeiro trimestre de gravidez ficam deprimidas ou se arrependem da decisão com o tempo, disseram pesquisadores.

Entretanto, mulheres com história de depressão são mais suscetíveis a ter problemas psicológicos dois anos após abortar a gravidez indesejada, escreveram os autores do estudo na edição de agosto do Archives of General Psychiatry (Arquivos de Psiquiatria Geral).

As taxas de depressão entre mulheres que fizeram aborto é igual à incidência de depressão entre mulheres com idades entre 15 e 35 anos na população norte-americana em geral, ou seja 20 por cento, indica a pesquisa.

"As mulheres com história anterior de depressão podem estar predispostas a depressão e arrependimento subsequentes, independentemente se tiveram ou não gravidez indesejada e de como escolheram a solução para aquela gravidez", disse Brenda Major e seus colegas da Universidade da Califórnia, em Santa Bárbara.

Os pesquisadores verificaram também que mulheres mais jovens e que tiveram mais filhos antes do aborto foram também mais propensas a sofrer problemas psicológicos com o passar do tempo.

Para examinar como as mulheres se sentem sobre a decisão de interromper a gravidez, os pesquisadores entrevistaram cerca de 900 pacientes antes e depois do aborto.

Dois anos depois, 72 por cento disseram que estavam satisfeitas com a decisão e 69 por cento disseram que tomariam a mesma decisão novamente. Oito por cento dessas mulheres disseram que não estavam deprimidas e 1 por cento sofreu estresse pós-traumático, distúrbio psicológico que afeta pessoas que passam por experiências traumáticas, cujos sintomas incluem entorpecimento emocional, irritabilidade, flashbacks e dificuldade de concentração.

O estudo notou que 21 por cento das mulheres norte-americanas em idade reprodutiva fizeram abortos legais. "Sem dúvida, os riscos psicológicos do aborto devem ser comparados aos riscos psicológicos das suas alternativas", concluem os autores.

Sinopse preparada por Reuters Health

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