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Associação reúne portadores de hepatite C

27 de Maio de 2002 (Bibliomed). Os portadores da hepatite C, doença que atinge o fígado e pode levar à morte, têm agora mais um aliado na luta pela vida: a Associação Mineira dos Portadores de Vírus de Hepatites (Amiphec). A entidade reúne pacientes, familiares, médicos, professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e profissionais voluntários.

O objetivo é ajudar os pacientes a manter a qualidade de vida e lutar pelo acesso a medicamentos eficientes e exames de biologia molecular que permitem avaliar a eficácia do tratamento – todos de alto custo. A Amiphec pretende criar grupos de discussão e atendimento psicológico para todos os associados e seus familiares.

“Para enfrentar a doença e o próprio tratamento é muito importante contar com a boa orientação dos médicos e com o apoio que a associação poderá oferecer”, afirma a presidente da Amiphec, Ruth Peixoto Domingues.

A hepatite C é um dos tipos mais comuns da doença. Estima-se que existam pelo menos 170 milhões de pessoas infectadas em todo o mundo. Só no Brasil 4 milhões de pessoas convivem com a doença. A hepatite C é uma doença silenciosa. Na fase inicial, não produz sintomas na maioria dos casos. Com o passar dos anos, a doença tende a avançar e pode causar fibrose hepática, cirrose e câncer.

Para oito em cada dez pessoas que contraem o vírus da hepatite C, a doença torna-se crônica. Nesse grupo, até 20% dos pacientes podem desenvolver cirrose e de 1% a 5%, câncer de fígado no prazo de 20 a 30 anos. Hoje, a cirrose causada pelo vírus C e suas complicações representam a principal indicação para transplante de fígado em todo o mundo. Não existe vacina contra a doença.

Os principais fatores de risco para a hepatite C são:

· Compartilhamento de agulhas entre usuários de drogas;

· Transfusões de sangue realizadas antes de 1992, quando ainda não havia sido implantado o teste específico para o vírus da hepatite C na rede de hemocentros do País;

· Acidentes com agulhas e seringas contaminadas;

· Uso de material sem a esterilização adequada ou reaproveitamento de seringas e agulhas descartáveis, inclusive para tatuagem, piercing e acupuntura;

· Compartilhamento de objetos pessoais, como aparelhos de barbear, instrumentos de manicure e escovas de dente;

· Hemodiálise. A transmissão sexual e a perinatal (da mãe para o bebê) não são freqüentes.

Contato

A Associação Mineira dos Portadores de Vírus de Hepatites (Amiphec) funciona na rua Grão Mogol, 502, sala 302, bairro Sion, em Belo Horizonte. As pessoas interessadas em se associar ou colaborar com a entidade podem fazer contato pelo site www.amiphec.org.br ou pelo telefone (31) 3221- 0199.

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