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Uso da medicina alternativa cresceu nos últimos anos

Belo Horizonte, 28 de Agosto de 2001 (Bibliomed). Um estudo feito pela Universidade de Harvard revelou que os consumidores confiam na medicina alternativa. Os dados apontaram que um número crescente de norte-americanos está aderindo aos tratamentos baseados em acupuntura, yoga, biofeedback e aromaterapia.

Cerca de duas mil pessoas de todas as faixas etárias foram entrevistadas. A pesquisa avaliou o uso da medicina complementar nos últimos 50 anos.

O epidemiologista da Escola de Medicina de Harvard e do Centro para Medicina Alternativa, Ronald Kessler, descobriu que o uso deste tipo de medicina teve um crescimento constante a partir da década de 50. Metade das pessoas nascidas nas décadas de 40 e 60, nos Estados Unidos, e 70% da geração seguinte, usam algum tipo de medicina alternativa.

As conclusões da equipe da Universidade de Harvard foram publicadas no Annals of Internal Medicine, uma revista médica do American College of Physicians.

Os pesquisadores detectaram até mesmo comportamentos tidos como perigosos, como buscar práticas alternativas e tratamentos que não tiveram confirmação científica.

Apenas um em cada quatro pacientes revela ao médico que está utilizando práticas complementares no tratamento de doenças como câncer, diabetes ou problemas cardiovasculares.

O crescimento na busca pela Medicina Alternativa motivou a criação, em 1998, por parte do governo norte-americano, do Centro Nacional para Medicina Complementar e Alternativa.

Os estudiosos querem saber exatamente quais são as novas terapias, seus efeitos e possibilidades de cura diante de uma doença. A medicina alternativa é caracterizada por terapias que não têm evidências clínicas de efetividade no tratamento de doenças ou em sua prevenção.

Desde a década de 50, muitas práticas diferentes já surgiram para seduzir os pacientes, como a quiroprática, as megavitaminas, os grupos de auto-ajuda, o biofeedback, o balanço energético, os remédios à base de ervas, as massagens, as naturopatias, a aromaterapia e as técnicas comportamentais. Muitas práticas têm sido difundidas pela Internet.

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