Notícias de saúde
Belo Horizonte, 04 de Julho de 2001 (eHealthLA). Até
o final deste ano, cerca de 16,3 mil brasileiras
receberão o diagnóstico de câncer de colo uterino.
Estima-se que 3,7 mil dessas pacientes não devam
resistir à doença. O câncer de colo uterino, apesar
de ser o quarto mais letal entre as mulheres no País,
pode ser prevenido com um exame simples, indolor e
feito durante a própria consulta ginecológica. Os
médicos estabelecem que o exame deva ser repetido
a cada 12 meses.
Os estudos sobre os cânceres da região genital
feminina apontam que 97% podem ser atribuídos ao
chamado Papiloma Vírus Humano, mais conhecido por
HPV. Esse agente possui inúmeras variedades, que podem
ser mais ou menos agressivas ao organismo e é
transmitido às mulheres através das relações sexuais.
O HPV é capaz de alterar as células da mucosa do colo
uterino e, em longo prazo, desencadear o tumor.
As chances de uma mulher infectada pelo vírus
Papiloma chegar ao estágio do câncer são muito
pequenas - cerca de 3%. Isso acontece se a paciente
não buscar tratamento antes da aparição do tumor. Como
as alterações nas células são lentas, o exame
ginecológico de rotina pode identificá-las antes mesmo
do tumor se formar.
O teste básico é conhecido por Papanicolau e é usado
para analisar o aspecto das células retiradas do
colo uterino da paciente com a ajuda de uma espátula.
O desafio da saúde pública, entretanto,
é garantir o acesso de toda mulher à consulta
ginecológica e aos exames essenciais. Principalmente,
àquelas incluídas na faixa etária de maior risco:acima
dos 35 anos.
Dados do Ministério da Saúde apontam que até 1998,
40% das brasileiras entre 35 e 49 anos nunca
buscaram o consultório para uma consulta ginecológica.
A situação, no entanto, vem melhorando com campanhas
educativas sistemáticas feitas pelo governo.
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