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Malária Aumenta Após Redução no Uso de DDT, diz Cientista

WASHINGTON (Reuters) - O número de casos de malária vem aumentando em países do Terceiro Mundo que pararam de usar o pesticida DDT para controlar a doença, advertiram especialistas no assunto.

Donald Roberts, discursando em nome de uma organização que vem promovendo o DDT como um meio de controlar a malária em países em desenvolvimento, disse que a substância química é segura se usada em pequenas quantidades dentro das casas para repelir os mosquitos que transmitem a doença.

Para muitos dos países pobres do mundo, o pesticida é o único meio acessível para tentar reduzir o número de infecções por malária, atualmente em cerca de 500 milhões por ano, afirmou Roberts. Cerca de 2,5 milhões de pessoas morrem a cada ano em virtude da doença.

O especialista disse que o número de casos da malária aumentava no Brasil, na África e em outros pontos do globo. Um exemplo citado por Roberts diz que a contaminação pela doença cresceu 12 vezes na Guiana entre 1984 e 1991 depois de o uso do DDT ter sido reduzido.

A diminuição das pulverizações com o pesticida deu-se, porém, devido à pressão de países do Primeiro Mundo e de ambientalistas. Muitos governos proibiram o produto nos anos 70 depois que o uso dele foi associado a danos ao meio ambiente.

Um tratado para a redução de poluentes que deve ser assinado no próximo mês coloca fim à produção do DDT, disse Roberts, professor de saúde pública tropical na Universidade das Ciências da Saúde de Bethesda, EUA.

Roberts integra um grupo conhecido como Campanha Salve as Crianças da Malária.

Sinopse preparada por Reuters Health

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