Muito tem se falado do “viagra” feminino, aprovado pelo Food and Drug Administration, nos Estados Unidos, em junho deste ano. Mas, será mesmo que a flibanserina, substância ativa do medicamento, é a solução para a disfunção sexual feminina? De acordo com pesquisa austríaca, o bom e velho diálogo pode ter efeitos mais benéficos do que ele.
O estudo, realizado pela da Universidade de Viena, na Áustria, concluiu que a falta de comunicação com o parceiro é, muitas vezes, a responsável pelos problemas sexuais das mulheres. O experimento envolveu 30 mulheres divididas em dois grupos: um que recebeu tratamento com hormônio oxitocinas e outro que recebeu um placebo.
As participantes, juntamente com seus parceiros, mantiveram um diário ao longo dos oito meses de tratamento, e responderam questionários para avaliar alterações na função sexual durante o período. Tanto o grupo que recebeu o tratamento hormonal quanto o que recebeu o placebo desempenharam as mesmas tarefas.
Os resultados mostraram que, embora as vida e satisfação sexuais das mulheres que receberam o tratamento com oxitocina tenham melhorado, as participantes que receberam o placebo também relataram melhoras significativas.
Para os pesquisadores, ao pensarem sobre sexo e conversarem mais com seus parceiros a respeito sobre sua sexualidade ao longo do estudo, as mulheres de ambos os grupos conseguiram melhorar suas experiências sexuais.
O estudo foi publicado na revista Fertility and Sterility.
Fonte: Diário da Saúde, 29 de outubro de 2015