Normalmente as pessoas com mais de 60 anos reclamam de problemas nas articulações. É a artrose, doença que atinge 20% da população mundial após os 40 anos e quase todas as pessoas com mais de 80 anos. Artrose é o envelhecimento natural dos ossos. Causa o desgaste de suas pontas, normalmente redondas, tornando-as achatadas. Os resultados são dores, dificuldade para movimentar-se, às vezes incapacidade total. O problema, comum após os 60 anos, é mais grave em indivíduos obesos e nos portadores de deformidades nas pernas.

Ocorre o aumento da pressão sobre a cartilagem, material elástico esbranquiçado que evita o choque de ossos. Isto leva à destruição progressiva do tecido cartilaginoso, o que resulta em prejuízo para as articulações, tornando os movimentos mais difíceis e até doloridos.

O problema atinge todas as articulações existentes na coluna cervical (pescoço), coluna lombar (cintura), quadril e membros superiores; mas costuma ser mais intenso e grave no joelho e na coluna lombar, porque suportam mais o peso corpóreo.

Tipos

A artrose nos joelhos é mais problemática para quem apresenta deformidades anatômicas nessas articulações. Há dois tipos de joelho deformado: o varo, mais comum em homens, e o valgo, em mulheres.

O joelho varo, ou “de cavaleiro”, é quando as pernas, em vez de serem retas, tornam-se curvas e os joelhos se afastam para fora. Já o valgo é o contrário: as pernas entortam-se e os joelhos se deslocam para dentro, aproximando-se.

Os especialistas lembram que os portadores de raquitismo - deficiência em vitamina D - podem apresentar a deformidade em varo aos 2 anos de idade. Nas outras crianças, as duas deformações anatômicas geralmente surgem por volta dos 3 anos. Elas podem ser corrigidas, em todos os casos, até por volta dos 13 anos, mas muitos não o fazem e as conseqüências aparecem mais tarde.

Normalmente as pessoas com joelho varo sofrem maior desgaste na cartilagem e nos ossos da parte medial (interna) da articulação. Nos valgos, o maior desgaste de ossos e cartilagem acontece na parte lateral (externa) do joelho. Em ambos os casos, pode haver prejuízo para os meniscos considerados os amortecedores de choques. A artrose, nessa situação, torna-se mais grave, acentuando-se bastante com a obesidade.

Obesidade e artrose

A degeneração óssea e das cartilagens acontece em todos os indivíduos. Embora muitos não enfrentam problemas, 65% das mulheres e 50% dos homens - em especial obesos com deformidades nos joelhos - apresentam sintomas como, os inchaços constantes os dores nas articulações variáveis entre leves e insuportáveis, deformidades progressivas, dificuldade para mexer ou dobrar as articulações e até incapacidade de se movimentar.

A maior incidência acontece justamente entre as mulheres deve-se pelo fato de, no passado, elas serem menos adeptas de atividades físicas e, portanto, mais sujeitas à obesidade. Os exercícios combatem a obesidade e estimulam a produção de cálcio, proporcionando maior resistência óssea.

A prevenção é fundamental, pois com a prática de exercícios regulares pode diminuir os efeitos ou mesmo retardar a artrose. É fundamental também procurar orientação médica antes de iniciar as atividades físicas e nunca exagerar.

Por outro lado, os médicos advertem que para os perigos da obesidade. Os pais precisam ficar atentos aos filhos e ao notarem deformidades em suas pernas, levá-los ao ortopedista para tratamento.

Ao menor sinal do problema, procure um ortopedista para uma avaliação clínica e a realização de vários exames. Com o avanço da medicina , os casos mais leves podem ser estabilizados. Nos casos mais avançados, não há como reparar o estrago das articulações. Em casos extremos, quando os pacientes não se movimentam mais, é possível recuperar essa função mediante o implante de próteses de titânio, atualmente bastante utilizadas em joelhos e no quadril.

Procure sempre a orientação de um especialista - somente ele poderá dar a melhor orientação.

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