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19 de dezembro de 2011 (Bibliomed). Estudo realizado no Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP) mostra como as células-tronco podem ajudar no tratamento da Distrofia Muscular de Duchenne. Essa é uma doença genética causada pela deficiência na produção da distrofina (proteína importante para a célula muscular esquelética, pois é responsável por manter a integridade da membrana celular).
O fisioterapeuta Carlos Hermano da Justa Pinheiro estudou camundongos geneticamente modificados para apresentarem a distrofia, e constatou que a aplicação de célula-tronco mesenquimal (um tipo de célula-tronco adulta) influencia diretamente no mecanismo que rege a inflamação no músculo com distrofia, diminuindo a mesma. “Isto parece estar mais associado à melhora no quadro clínico do que a diferenciação das células-tronco em células musculares esqueléticas", revela o pesquisador.
Pacientes com distrofia muscular são suscetíveis a lesões induzidas por atividade contrátil. Ao contrário do que muitos acreditam, essas pessoas nascem sem nenhuma lesão aparente e, à medida que vão se desenvolvendo, a musculatura começa a se degenerar, sendo então preenchida por tecido fibroso, o que resulta na perda da função muscular.
Pinheiro diz que dentre as estratégias promissoras no tratamento da distrofia muscular esta o rejuvenescimento do microambiente muscular por meio da terapia gênica para aumento da formação de novos vasos sanguíneos no músculo afetado. O pesquisador explica, também, que terapia gênica é a inserção de genes no tecido com o objetivo de suprir deficiências.
No estudo, Pinheiro observou o aumento na formação de novos vasos sanguíneos, redução na formação de tecido fibroso, diminuição da inflamação muscular e preservação da massa e da força muscular nos camundongos tratados com células-tronco. O pesquisador acredita que essas descobertas poderão ajudar no tratamento da doença no futuro.
Fonte: Agência USP, 06 de dezembro de 2011
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