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Curativo natural acelera cicatrização

06 de abril de 2011 (Bibliomed). Curativos de membrana de celulose e própolis estão sendo testados na Universidade de São Paulo (USP) para a cicatrização de úlceras de pele. De origem biológica, os materiais permitem curar as lesões com mais rapidez e qualidade. A membrana com própolis será experimentada também por seus efeitos bactericidas.

Em animais, os testes com curativos obtiveram sucesso, a agora pesquisadores estão à procura de voluntários que tenham úlceras crônicas na pele para observar quais os efeitos do tratamento em humanos. Essas lesões, também conhecidas como úlceras de pressão, atingem pessoas acamadas por longos períodos de tempo. "Devido a pressão excessiva e constante no local da lesão, causada pela falta de movimentação do paciente, o tratamento atualmente é muito difícil", diz Fernanda Sanchez, autora da pesquisa.

Produzido a partir da celulose bacteriana, a membrana de celulose é um biomaterial que, devido à sua espessura e transparência, se assemelha a uma folha de papel de seda. Essa é aplicada sobre a lesão assepsiada e permanece para que seja absorvida pelo organismo. "A úlcera se cicatriza de fora para dentro, com mais rapidez e qualidade", explica Sanchez.

Como não é necessário ficar trocando o curativo, os riscos de infecção bacteriana, muito comum em casos de úlceras cutâneas, diminuem. Serão realizados testes com a membrana pura e acrescida de própolis. "O uso da membrana também será comparado com a aplicação do laser terapêutico de baixa intensidade, que já é muito utilizado em processos de cicatrização", completa Fernanda.

A pesquisa está sendo realizada em Araraquara, São Paulo. "Podem participar dos testes clínicos pessoas de qualquer idade que tenham desenvolvido úlceras, mediante assinatura de um termo de consentimento", afirma. Os curativos são feitos na residência da pessoa, durante um período de até três meses, dependendo do tempo de cicatrização de cada úlcera. Os interessados podem se inscrever pelos telefones (16)9228-0522 e (16) 3114-8038.

Fonte: Agência USP, 04 de abril de 2011

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