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Idosos homossexuais sofrem com falta de apoio

31 de março de 2011 (Bibliomed). Membros mais velhos da população LGB (lésbicas, gays e bissexuais) têm maiores probabilidades de desenvolverem doenças crônicas, mentais e sofrerem isolamento, quando comparados a heterossexuais.

O projeto é o primeiro a apresentar dados sobre o assunto tendo como base a população de um estado. Enquanto a maioria dos estudos fica restrita às necessidades relacionadas à AIDS nesse grupo de pessoas, a nova pesquisa mostra informações quanto a outras condições de saúde.

A população idosa LGB autodeclarada da Califórnia é estimada em 170.000 pessoas, e espera-se que esse número dobre até 2031.

Metade dos homens gays e bissexuais entre 50 e 70 anos do estado vive sozinha, sendo que isso acontece com apenas 13.4% dos homens heterossexuais. Entre cada quatro idosas lésbicas e bissexuais, mais de uma moram sozinhas, e entre as mulheres heterossexuais uma entre cada cinco vivem sem companhia.

A falta de apoio recebida pela comunidade LGB pode causar impacto na saúde dos idosos, e eles apresentam taxas mais altas de diabetes, hipertensão, problemas de saúde mental e incapacidade física. Essas taxas são mais baixas entre a comunidade heterossexual.

Steven P. Wallace, co-autor da pesquisa, afirma que “muitos californianos idosos LGB não têm filhos biológicos ou forte apoio familiar. Organizações que prestam serviços a essas comunidades precisam levar isso em conta e considerar mecanismos de alcance e apoio que permitam que esses indivíduos mantenham sua independência e habilidade de envelhecerem seguros e em boa saúde”.

Profissionais da saúde e prestadores de cuidados devem se preparar para atenderem adequadamente a comunidade LGB, prestando serviços direcionados às suas necessidades específicas. “O acesso pode se igual, mas nós sabemos que a qualidade do cuidado dado aos LGBs frequentemente não é. As atitudes estão mudando, mas nós ainda temos que continuar a pressão para eliminarmos a discriminação e aumentar o entendimento das ricas experiências de vida desses indivíduos para aumentar a qualidade do cuidado que eles recebem”, completa Susan Cochran, co-autora do estudo.

O estudo foi desenvolvido pela University of California, Los Angeles

Fonte: EurekAlert! 29 de março de 2011

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