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Nova técnica cirúrgica promete acabar com as enxaquecas

07 de fevereiro de 2011 (Bibliomed). Uma técnica cirúrgica que evoluiu a partir de procedimentos cosméticos para reduzir rugas mostrou ser eficaz contra dores de cabeça e enxaquecas. A cirurgia desativa músculos e nervos em lugares como a testa, têmporas, nariz e nuca. Depois de acompanhar durante 5 anos 69 pacientes que passaram pelo procedimento, os pesquisadores verificaram que 88% afirmaram ter tido uma redução nas enxaquecas e 29% não sentiram mais dores.

O pesquisador Dr. Bahman Guyuron disse que descobriu a técnica ao conversar com seus pacientes que tinham feito cirurgias plásticas na área dos olhos e afirmaram não ter mais enxaquecas desde então. A teoria por trás da técnica é que os nervos que transmitem sinais de dor no rosto e cabeça se irritam quando são esfregados ou apertados pelos músculos, tecido conjuntivo ou quando são pressionados contra ossos e vasos sanguíneos.

O Dr. Guyuron compara essa pressão nos nervos na cabeça com a síndrome do túnel carpal, doença onde o nervo mediano que passa pelo punho é comprimido. “Você tem nervos que estão sendo irritados ou comprimidos ou aprisionados pelo músculo, e ao tirar o músculo e ele não cresce de volta então talvez você esteja descomprimindo igual como você faria em uma liberação do túnel carpal.

Um dos benefícios da cirurgia é uma pequena mudança na aparência física do paciente, já que o procedimento suaviza a expressão da pessoa, deixando-a menos séria.

A cirurgia deve ser utilizada em último caso. Existem outros tratamentos disponíveis que são menos invasivos e que são comprovadamente eficazes. Os pacientes que recorrem à operação têm casos extremos de enxaqueca. “O tipo de pacientes que normalmente são tratados com essa abordagem frequentemente tem enxaquecas muito severas, difíceis de controlar. Eles já visitaram vários neurologistas e tentaram muitos medicamentos, a maioria com efeitos colaterais indesejáveis. A maioria dos pacientes também tentou formas alternativas de terapia, como adesivos de menta, estimulação elétrica, acupuntura”, diz o Dr. Jeffrey Janis que foi treinado pelo Dr. Guyuron.

Os médicos afirmam que a cirurgia não tem uma taxa de 100% de sucesso. O Dr. Janis diz que “Há uma taxa de fracasso para a cirurgia, então ela não funciona em 100% das pessoas e nós ainda não sabemos exatamente porque”.

Fonte: WebMD. 3 de fevereiro de 2011.

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