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Consumo de leite de vaca nas primeiras semanas de vida reduz risco de alergias, sugere estudo

08 de julho de 2010 (Bibliomed). Contrariando a crença geral, dar leite de vaca para o bebê em suas primeiras semanas de vida pode oferecer benefícios para sua saúde. De acordo com um estudo recentemente publicado no Journal of Allergy and Clinical Immunology, aqueles que experimentam o leite de vaca nas primeiras duas semanas de vida têm menos riscos de desenvolverem alergia ao leite. Entretanto, os especialistas destacam que o melhor e o recomendado para a saúde do bebê ainda é a amamentação exclusiva pelo menos nos primeiros quatro meses.

Uma das condições mais comuns e perigosas nas famílias que sofrem de alergias ou intolerâncias a laticínios, a alergia à proteína do leite de vaca é caracterizada por uma diversidade de reações, variando de problemas na pele a sintomas respiratórios e gastrointestinais, podendo levar a choques e à morte. E estudos anteriores indicam que os alérgicos ao leite têm maiores chances de apresentarem outras alergias. Considerando as dificuldades comuns em digerir o açúcar encontrado nesse leite, alguns pediatras não recomendam seu uso até certa idade.

Avaliando dados de mais de 13 mil recém-nascidos, os pesquisadores descobriram que o consumo de leite de vaca nos primeiros dias de vida pode aumentar a tolerância dos bebês e reduzir em 19 vezes seu risco de desenvolver alergia à proteína do leite. Os resultados indicaram uma taxa de alergia ao leite de 0,05% entre aqueles que haviam começado o uso de fórmula láctea dentro dos primeiros 14 dias de vida, contra 1,75% daqueles que começaram a ingestão do leite com idades entre 105 e 194 dias.

De acordo com os especialistas, entretanto, a ingestão de leite de vaca precocemente não é garantia de que a criança não terá alergias, e o leite materno continua sendo recomendado como alimentação exclusiva nos primeiros meses. Além disso, mais estudos são necessários para confirmar esses resultados e para desvendar os mecanismos biológicos envolvidos.

Fonte: Journal of Allergy and Clinical Immunology. Julho de 2010.

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