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Nascimento prematuro aumenta risco de doença pulmonar por toda a vida, diz estudo

23 de abril de 2010 (Bibliomed). Crianças nascidas prematuramente - com 25 semanas de gestação ou menos - apresentam maior risco de ter problemas respiratórios, incluindo asma, durante toda a vida, segundo estudo publicado esta semana no American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine.

Usando dados de um estudo que avaliou todos os bebês prematuros nascidos na Grã-Bretanha e na Irlanda entre março e dezembro de 1995, os pesquisadores da University College London descobriram que os extremamente prematuros, frequentemente, tinham função pulmonar anormal aos 11 anos de idade e o dobro de chances - comparados àqueles nascidos com 39 ou 40 semanas - de serem diagnosticados com asma.

As análises mostraram que 56% dessas crianças tinham resultados anormais em testes de força pulmonar e um quarto delas tinha asma aos 11 anos de idade, porém 65% não teriam apresentado sintomas respiratórios nos 12 meses anteriores. “Com o crescimento dos pulmões e o aumento do calibre das vias aéreas, tais crianças ficam menos propensas a episódios de sibilância (chiado) e parecem ter superado os sintomas”, destacou a pesquisadora Janet Stocks. “Entretanto há a preocupação de que tais sintomas podem reaparecer mais tarde na forma de início precoce de doença pulmonar obstrutiva crônica”.

Por isso, os especialistas ressaltam a necessidade de um acompanhamento mais próximo da saúde respiratória das crianças com nascimento prematuro. “Mesmo se assintomáticas, aquelas que entram na idade adulta com função pulmonar prejudicada estarão sob maior risco de doença pulmonar crônica subsequente. Existe, portanto, a necessidade de monitorar essas crianças para problemas respiratórios”, concluíram.

Fonte: American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine. 22 de abril de 2010.

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