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Poeira, cigarro e contato com animais são os principais causadores de crises respiratórias nas crianças

15 de abril de 2010 (Bibliomed). A exposição à poeira, o fumo passivo e o contato com animais domésticos são os principais fatores que desencadeiam crises alérgicas e de asma nas crianças, segundo estudos apresentados esta semana no Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia em Pediatria. Realizados no Hospital Municipal Infantil Maria Amélia Bezerra de Menezes de Juazeiro do Norte-CE, dois estudos avaliaram prontuários médicos de pacientes atendidos nos anos de 2008 e 2009, e indicaram os principais fatores de risco presentes no domicílio para o desenvolvimento de alergia e asma.

Em um dos estudos, a avaliação de prontuários de 150 pacientes - 60% do sexo masculino - mostrou que os fatores de risco para o desenvolvimento de sintomas alérgicos relatados pelos pacientes foram exposição à poeira (27%), presença de fumantes em casa (22%), contato com animais domésticos (18%), fumaça (13%), plantas em casa (10%), mofo (8%) e outros (2%). “Os achados estão de acordo com registros de literatura, que enfatizam a poeira domiciliar como o principal fator de risco para exteriorização das doenças alérgicas, em pacientes predispostos geneticamente”, destacaram os pesquisadores. “O hábito de fumar, contato com animais - principalmente cães e gatos -, o uso de fogões a lenha e o hábito da queima de lixo na população estudada também são fatores importantes”, acrescentaram os especialistas.

Quando a pesquisa avaliou os prontuários de 100 pacientes diagnosticados com asma, os resultados não foram muito diferentes, com poeira, cigarro e animais domésticos sendo citados como principais desencadeadores das crises. Os resultados mostraram que 65% dos pacientes relacionavam suas crises de asma à poeira, 44% associavam à presença de animais, 36% à fumaça do cigarro, 26% às plantas, 19% à fumaça de lenha, 13% ao mofo, e 7% citavam outros fatores.

Baseados nos resultados dos dois estudos - que estão de acordo com dados publicados por outros autores -, os pesquisadores destacam a necessidade de orientar a população com maior risco de asma e alergias sobre os fatores de risco para as crises respiratórias. “As orientações no sentido de evitar estes desencadeantes devem ser tópicos permanentes do programa de educação dos pacientes e de seus familiares”, concluíram os autores.

Fonte: 11º Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia em Pediatria. 08 a 11 de abril. Temas livres 12 e 19.

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