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EUA expuseram trabalhadores a radiação, diz jornal

WASHINGTON (Reuters) - O governo norte-americano contratou secretamente centenas de empresas privadas durante os anos 40 e 50 para processar uma grande quantidade de material de armas nucleares deixando um legado de trabalhadores e comunidades contaminados, legado esse que ainda persiste, afirmou o jornal USA Today na quarta-feira.

Autoridades federais conheciam os graves danos causados a empregados das empresas e às vizinhanças dos locais de processamento, mas relatórios com detalhes do problema foram classificados como secretos e colocados longe dos olhos do público, afirmou o diário.

De pequenas lojas familiares a grandes empresas da indústria química, instalações particulares de todo o país foram silenciosamente convertidas em processadores de perigosas toneladas de urânio, tório, polônio, berílio e outras substâncias radioativas e tóxicas a fim de construir o arsenal nuclear norte-americano.

Mas poucas empresas estavam preparadas para lidar com o material nuclear e milhares de trabalhadores foram expostos a níveis perigosos de radiação. Dezenas de comunidades tiveram sua atmosfera, sua água e seu solo contaminados pelo lixo tóxico, disse o USA Today.

A maior parte dos contratantes localizavam-se no cinturão industrial: no nordeste e sudeste do país. Essas empresas estavam em grandes cidades, como Detroit, Cleveland, Chicago e St. Louis, assim como em pequenas comunidades, como Lockport, Carnegie e Joliet.

"Esses lugares nem mesmo aparecem nos mapas", disse ao jornal Dan Guttman, ex-diretor do Comitê Presidencial de Aconselhamento sobre Experimentos de Radiação em Humanos.

O comitê foi montado em 1994 para investigar denúncias de que cientistas usaram verbas do governo para realizar experimentos durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45) nos quais seres humanos foram expostos à radioatividade.

Os relatório dos anos 40 e 50 foram recentemente abertos à consulta pública.

Sinopse preparada por Reuters Health

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