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Uso prolongado de estatinas reduz risco de câncer colorretal, diz estudo

17 de outubro de 2008 (Bibliomed). Alguns estudos têm sugerido que o uso em longo prazo das estatinas pode reduzir o risco de desenvolver o câncer colorretal. Um deles, apresentado em outubro no Encontro Científico Anual do American College of Gastroenterology, associa o uso desses medicamentos para controle do colesterol a uma redução de 29% na incidência de pólipos adenomatosos avançados – tidos como a origem do câncer colorretal – durante um período de três a cinco anos.

De acordo com os autores, no estudo, além da redução da incidência dos pólipos, o uso contínuo da estatina fez com que os pacientes apresentassem pólipos menores e em menor quantidade, detectados pela colonoscopia durante o acompanhamento. 

Os pesquisadores avaliaram 1060 pacientes com histórico de pólipos detectados pela colonoscopia, e que repetiram o exame de três a cinco anos mais tarde. Entre os pacientes, 586 fizeram uso contínuo do medicamento entre os exames, e 474 eram não-usuários ou usuários não-contínuos.

E as análises mostraram que o grupo com uso prolongado de estatinas apresentou menor número total de pólipos adenomatosos (média de 2,6, contra 3,1), 29% menos pólipos avançados, e pólipos menores (média de 7,1 mm, contra 7,9 mm), comparados com o grupo que não fez uso contínuo do medicamento. E, tudo isso, independentemente do uso de antiinflamatórios, idade, sexo, histórico familiar de câncer colorretal e IMC.

“Nós especulamos que o uso de estatinas em longo prazo pode reduzir o desenvolvimento de cânceres colorretais ao reduzir o desenvolvimento de pólipos adenomatosos avançados”, concluíram os autores.

Fonte: ACG 2008 Annual Scientific Meeting. 09 de outubro de 2008.

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