Notícias de saúde
19 de junho de 2008 (Bibliomed). As mulheres na menopausa que estão considerando fazer a terapia de reposição hormonal deveriam, antes, medir seus níveis de colesterol, segundo especialistas americanos. Esse conselho é baseado nos resultados de um estudo que sugere que os níveis de colesterol podem indicar os efeitos da terapia para o coração.
Alguns estudos sugerem que o tratamento hormonal pode ter efeitos negativos para o coração, aumentando os riscos de infarto, derrame e outros eventos relacionados com o sistema cardiovascular. Porém, há pesquisas que indicam que os efeitos adversos no coração são insignificantes diante dos benefícios da terapia em amenizar os sintomas da menopausa.
Para avaliar os riscos e benefícios da reposição hormonal, pesquisadores do Jefferson Medical College, nos Estados Unidos, analisaram dados de 271 mulheres com doença cardíaca coronariana e 707 mulheres sem a doença.
E eles descobriram que aquelas que tinham taxa de LDL (colesterol ruim) e HDL (bom colesterol) menor que 2,5 não enfrentavam um aumento no risco de ataque cardíaco e angina com o uso de estrógeno sozinho ou com progesterona. Por outro lado, se a taxa fosse 2,5 ou maior, as mulheres tinham 73% maior risco de problemas cardíacos.
De acordo com os autores, muitas mulheres são relutantes em usar a terapia de reposição hormonal por causa dos estudos que indicam que esses tratamentos podem aumentar os riscos de problemas cardiovasculares. Porém, "um simples e largamente utilizado exame de sangue pode ser útil para aconselhar as mulheres se elas estão sob risco aumentado de um ataque cardíaco ao se submeter à terapia hormonal".
Entretanto, os autores lembram que a taxa de colesterol ajuda a prever apenas se há riscos coronários para as mulheres que começam a reposição hormonal. O exame não avalia os riscos de derrame, coágulos e câncer de mama, que podem estar relacionados com a terapia.
Fonte: The American Journal of Cardiology. 1º de junho de 2008.
Copyright © 2008 Bibliomed, Inc.
Veja também