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Estímulo ao desenvolvimento na infância protege contra transtornos da ansiedade

05 de outubro de 2007 (Bibliomed). A cognição é um fenômeno mental complexo, que envolve aspectos da atenção, memória, percepção, raciocínio, imaginação, senso de realidade, pensamento e linguagem. De um modo geral, a capacidade cognitiva é medida através de processos de aprendizagem e de aquisição de novos conhecimentos e habilidades. Com o desenvolvimento do sistema nervoso central, observado ao longo dos anos, as crianças passam a apresentar melhora gradual da sua capacidade cognitiva, de forma a lidar com situações do dia a dia e elevam sua capacidade de resolver problemas e conflitos.

Os processos cognitivos estão intimamente relacionados ao surgimento do transtorno de ansiedade generalizada, segundo afirmam pesquisadores norte americanos do Harvard School of Public Health, que publicaram um estudo na revista International Journal of Epidemiology, em 2007. As pessoas com habilidade cognitiva limitada são susceptíveis a menor controle perante situação críticas e ambíguas, que envolvem tomadas de decisão importantes. O objetivo da pesquisa foi comprovar se realmente uma maior capacidade cognitiva funciona como fator de proteção contra o surgimento de síndromes ansiosas.

Participaram da pesquisa 689 indivíduos, os quais tiveram sua capacidade cognitiva avaliada aos 7 anos de idade. Estes indivíduos foram avaliados quanto à presença de transtornos de ansiedade, na terceira década de vida. Os resultados divulgados revelaram que uma melhor habilidade cognitiva, na infância, é capaz de diminuir em até 50% o risco de surgimento do transtorno de ansiedade generalizada, durante toda a vida. O bom desempenho cognitivo também reduz em 89% e 57% a chance de aparecimento de manifestações de ansiedade na infância e adolescência, respectivamente.

Dessa forma, os autores concluem que a performance cognitiva na infância é capaz de proteger contra o aparecimento de distúrbio de ansiedade generalizada, em fases posteriores da existência.

Fonte: International Journal of Epidemiology 2007; 36 (4): 769 – 775.

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