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Meninas obesas têm mais chance de se manterem com excesso de peso quando adultas

16 de maio de 2006 (Bibliomed). As meninas, de alguns grupos étnicos minoritários e de classes sociais e econômicas mais baixas, têm uma maior tendência a apresentarem sobrepeso e obesidade, colocando-as sob a um risco ainda maior de problemas de saúde a longo prazo. Isto é o que revela uma nova pesquisa publicada antecipadamente na edição on line, da revista British Medical Journal.

Estudos anteriores mostraram que a adolescência é um ponto chave em relação ao ajuste do peso, uma vez que o peso excessivo, durante os anos da adolescência, predispõe os indivíduos a permanecerem com problemas de peso no futuro. Mas a nova pesquisa parece indicar que esta tendência se inicia, em realidade, na infância.

No estudo atual, 5863 crianças foram acompanhadas até se tornarem adultos jovens. Verificou-se que os problemas de peso se estabeleceram antes da adolescência: aquelas crianças que tinham excesso de peso aos 11 anos de idade, o mantiveram durante a adolescência. Para chegar a estas conclusões, os pesquisadores analisaram o índice de massa corpórea e a medida da circunferência da cintura de crianças com idades entre 11 e12 anos e entre os 16 e17 anos, em 36 escolas na região sul de Londres, de tal maneira a obter dados de diversas classes sócio-econômicas e étnicas.

Os pesquisadores verificaram que, no geral, as meninas apresentavam taxas maiores de problemas de excesso de peso, do que os meninos. As meninas de cor negra apresentaram este problema com maior intensidade, sendo que aproximadamente 38% delas estavam com sobrepeso ou obesidade, durante o período do estudo, comparadas às 28% das meninas de cor branca ou 20% das meninas asiáticas, que apresentaram a mesma situação. Para os meninos, entretanto, a etnia fez pouca diferença em relação aos níveis de excesso de peso.

Segundo os autores, a idéia de que o excesso de tecido adiposo, em crianças, irá desaparecer, assim que elas atinjam a adolescência, é o um mito, que pode colocar sua saúde futura sob risco.

Fonte: BMJ, doi:10.1136/bmj.38807.594792.AE (published 5 May 2006).

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