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Pais e Filhos que Passam Mais Tempo Juntos São Mais Unidos

Por Alan Mozes

NOVA YORK (Reuters Health) - Pais que querem promover uma relação mais harmoniosa com seus filhos adolescentes devem passar mais tempo empenhando-se em atividades conjuntas com eles, sugere um estudo.

Além disso, os pais que passam seu tempo intervindo diretamente - intrometendo-se e resolvendo problemas de adolescentes briguentos - não ajudam seus filhos a se entenderem melhor. Na verdade, eles podem piorar a relação.

"Na verdade, pais que utilizaram formas autoritárias para interceder conseguiam fazer com que as relações entre irmãos piorassem", de acordo com Susan McHale, professora do departamento de desenvolvimento humano e estudos de família na Universidade Estadual da Pennsylvania, do Parque Universitário (University Park).

As descobertas de McHale e sua equipe estão publicadas na edição de agosto de Journal of Marriage and the Family.

"Desse modo, sabemos o que não fazer - ameaças, pressão, punição - e o lado positivo está relacionado a somente passar tempo com seus filhos", disse McHale.

As descobertas podem destruir o estereótipo de que os adolescentes estão tão interessados em seus amigos e na vida social que ficam sempre inclinados a não se envolver na vida familiar.

"Muitas visões dos adolescentes são de que eles estão com a cabeça distante de casa e acho que destacaria de que muitas pesquisas recentes fazem uma distinção importante - não é que as famílias se tornam menos importantes - é que os companheiros se tornam mais importantes", destacou McHale.

"Desse modo, ambos são importantes e os laços de família são realmente importantes para os adolescentes, mesmo quando o mundo além da família se torna mais significativo para eles", acrescentou McHale.

Durante o estudo, McHale e sua equipe passaram duas a três semanas explorando as relações entre 185 famílias norte-americanas com dois ou mais filhos adolescentes residindo em um Estado do nordeste do país.

Em entrevistas individuais separadas, membros das famílias foram requisitados a descrever suas relações familiares. Isso foi acompanhado por três semanas de entrevistas por telefone para monitorar a participação e a interação entre irmãos e pais em 63 tipos diferentes de atividades diárias.

Os pesquisadores não descobriram evidência de que esforços paternais para administrar ou resolver diretamente conflitos entre irmãos foram bem-sucedidos. Os pesquisadores destacam que mais frequente do que nunca esta intervenção pode criar relações negativas entre irmãos.

Outros métodos para resolver conflitos não tiveram impacto, bom nem mau, nas relações entre irmãos. Estes métodos incluíram dizer aos filhos para resolver os problemas sozinhos ou instrui-los sobre como resolver problemas.

No geral, uma forma mais efetiva de promover companheirismo entre irmãos - e coesão familiar geral - foi a participação parental em atividades incluindo todos os irmãos juntos.

McHale e sua equipe também descobriram que existe um grau de diferença na natureza de envolvimento paternal com seus filhos baseado no gênero, com as mães gastando mais tempo - na maioria dos casos - na companhia dos filhos do que pais. Eles também observaram que as mães passam menos tempo intercedendo em conflitos entre irmãos do que os pais.

As descobertas sugerem que passar tempo com os filhos criam "coesão e forte laços de família, que estão relacionados a relações mais positivas e pouco conflituosas", disse McHale.

Sinopse preparada por Reuters Health

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