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18 de Dezembro de 2002 (Bibliomed). De um modo geral os pacientes com artrite reumatóide pouco sabem sobre a enfermidade, o que compromete a eficácia do tratamento, influencia no nível de inflamação e deformação e afeta a qualidade de vida. Foi o que mostrou um estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Como a artrite reumatóide ainda não tem cura, o tratamento se concentra no enfrentamento dos sintomas, o que depende em grande parte do paciente. “A educação do paciente tem de fazer parte do tratamento. Quem não conhece a doença ou não sabe como agir diante dela acaba tomando atitudes prejudiciais”, afirmou o orientador da pesquisa e professor de Reumatologia da Unifesp, Jamil Natour.
No trabalho, o reumatologista Fábio Jennings avaliou cem pacientes com artrite reumatóide em quatro hospitais de referência em São Paulo e verificou um nível fraco de conhecimento sobre a doença. Numa escala de 0 a 30 pontos, a pontuação média foi de 12,96. O pesquisador observou que a pontuação foi mais alta entre aqueles que tinham maior nível de educação formal e foi mais baixa nos pacientes que tiveram a capacidade física muito reduzida pela doença. As perguntas feitas aos pacientes abrangeram quatro aspectos: causas, sintomas e exames laboratoriais; exercícios; medicações e proteção articular e conservação de energia.
Os pacientes apresentaram menor nível de informação em relação aos dois últimos itens.
O Hospital São Paulo está desenvolvendo um serviço centralizado de informação a pacientes e familiares. O Centro de Atenção Integrada em Saúde (CAIS) irá disponibilizar informações sobre doenças, tratamentos e atividades das disciplinas da Unifesp. Segundo a coordenadora do CAIS, Ana Cecilia Lucchese, a finalidade dos serviços de educação sobre as doenças é promover uma parceria entre médico e paciente, para que o doente tenha papel ativo no processo terapêutico.
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