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Medicina alternativa é amplamente usada por jovens

23 de Outubro de 2002 (Bibliomed). Apesar dos riscos de produzir efeitos colaterais e interferir em outros medicamentos e tratamentos, a medicina alternativa ou complementar é amplamente utilizada para aliviar os sintomas crônicos da asma, indicou um estudo realizado em uma escola na região central pobre de Nova Iorque. Mais de 80% dos adolescentes entrevistados disseram que recorrem à medicina alternativa – o dobro da taxa nacional observada entre os adultos – sendo que mais de 70% usam, ao mesmo tempo, medicamentos alopáticos vendidos sob prescrição.

“Os médicos deveriam perguntar aos pacientes sobre o uso da medicina alternativa em cada consulta, pois os pacientes geralmente não fornecem esse tipo de informação”, disse Marina Reznik, coordenadora do estudo e médica-residente no Hospital Infantil Montefiore, no Bronx, em Nova Iorque. “Uma crença de que aquilo que é natural é melhor e livre de efeitos colaterais é muitas vezes um conceito errôneo”, acrescentou. Entre os medicamentos alternativos mais citados pelos estudantes apareceram os chás herbais, as massagens e o xarope Jarabe 7 (combinação de extratos vegetais amplamente disponíveis na comunidade porto-riquenha).

O uso da medicina alternativa aumentou muito nos Estados Unidos na última década. Estima-se que mais de dois em cada cinco adultos norte-americanos, especialmente aqueles com doenças crônicas como a asma, usam remédios da medicina alternativa. Entre os motivos apresentados, destaca-se a insatisfação com os tratamentos tradicionais. Segundo Reznik, em geral, os usuários da medicina alternativa têm renda mais alta, não são negros e têm um nível de escolaridade mais elevado. O uso de remédios alternativos, segundo a pesquisadora, passa de uma geração para outra, entre os vários grupos étnicos.

No estudo atual, foram examinados 160 adolescentes com asma, selecionados de um grupo de 3,8 mil estudantes do ensino médio no Bronx, em Nova Iorque. Aproximadamente 90% dos entrevistados pertenciam a minorias e a maior parte era latino-americana. Cerca de 85% vinham de famílias de baixa renda. Os resultados do estudo foram publicados na edição de outubro da revista Archives of Pediatric and Adolescent Medicine.

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