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Mapeamento do genoma humano ganha novo impulso

13 de Junho de 2002 (Bibliomed). Cientistas islandeses elaboraram um mapa genético cinco vezes mais preciso que os anteriores. Isso é o que indica a revista Nature Genetics, em sua edição de junho. Os pesquisadores fizeram a análise do DNA de 146 famílias islandesas e traçaram seu mapa genético. Acredita-se que essa seja uma contribuição significativa para a decifração do genoma humano.

Os cientistas envolvidos no trabalho fazem parte de uma empresa privada, a deCode, com sede em Reykjavík. Eles analisaram o DNA de 869 pessoas e recorreram aos elementos denominados SNP, correspondentes a regiões do genoma que variam de acordo com o indivíduo. Cada ser humano possui 10 milhões dessas variantes SNP, cuja combinação faz com que cada pessoa seja única.

Foram situados cerca de dois milhões de SNP no mapa elaborado pelos cientistas. Mediante comparação, eles comprovaram 104 erros na versão atual do seqüenciamento do genoma.

Os cientistas se interessaram mais pelos SNP localizados nos genes porque eles podem ser responsáveis diretos por vários transtornos. A identificação deles pode permitir, por exemplo, descobrir genes responsáveis pela predisposição a doenças como diabetes e hipertensão arterial. A identificação de genes anormais pode contribuir, em um primeiro momento, para a elaboração de métodos de diagnóstico e, eventualmente, resultar na descoberta de tratamentos corretivos.

A empresa deCode, responsável pela pesquisa, afirmou que coloca seu mapa gratuitamente à disposição dos cientistas que solicitarem e sustentou que protege o sigilo dos dados obtidos na pesquisa.

Até o momento, o melhor mapa era o de três gerações realizado pelo Centro de Estudos de Polimorfismo Humano (CEPH), do hospital Saint-Louis, de Paris. O CEPH é um laboratório que foi criado em 1984 pelo professor Jean Dausset, ganhador do prêmio Nobel de Medicina em 1980.

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