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Campanha de vacinação de idosos começa amanhã em todo o Brasil

12 de Abril de 2002 (Bibliomed). Começa amanhã e vai até o dia 26 de abril a Campanha Nacional de Vacinação do Idoso deste ano. A intenção da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), órgão ligado ao Ministério da Saúde, é imunizar 10,4 milhões de pessoas a partir dos 60 anos, contra gripe, tétano e difteria. Essa parcela da população corresponde a 70% dos 14,8 milhões de pessoas que existem no Brasil nesta faixa etária. O lema da campanha – realizada entre idosos brasileiros pela quarta vez consecutiva – é “Tem que vacinar. Não deixe a gripe te pegar”.

As vacinas serão aplicadas gratuitamente em todos os postos de saúde do País. Devem estar disponíveis em Estados e municípios cerca de 14,5 milhões de doses contra o vírus Influenza, da gripe. Contra o tétano e a difteria o Ministério da Saúde prepara 4,6 milhões de doses da vacina dupla adulto. Os idosos acamados, internados ou que moram em instituições geriátricas, que não tiverem sido vacinados contra a pneumonia bacteriana nos últimos cinco anos, vão receber também a dose contra o pneumococo. Cerca de 480 mil doses desta vacina estarão disponíveis. As equipes vão se deslocar até cada hospital ou instituição para realizar o trabalho de imunização.

O Ministério da Saúde gastou pouco mais de R$ 66 milhões para adquirir as vacinas. Serão gastos ainda R$ 4,6 milhões em despesas operacionais e R$ 6,6 milhões na divulgação da campanha, totalizando R$ 77,7 milhões em investimentos. Uma das metas da Campanha Nacional de Vacinação do Idoso deste ano é garantir uma cobertura vacinal homogênea e alta em todos os municípios. Nas campanhas feitas de 1999 a 2001, as metas da Funasa foram atingidas, superando as expectativas. Um balanço divulgado após a campanha do ano passado mostrou que 10,8 milhões ou 82,1% dos idosos brasileiros foram vacinados.

A imunização das pessoas com mais de 60 anos é fundamental para conter uma epidemia, principalmente da gripe, que se alastra com facilidade. Nos idosos, as chances de complicação da doença são bem maiores. O risco de contrair a gripe aumenta no fim do outono e durante o inverno. Um dos receios da Organização Mundial de Saúde (OMS) é o de ocorrência de pandemias de gripe, como as que foram registradas no século passado, causando inúmeras mortes em todo o mundo.

Os resultados das campanhas de vacinação contra o vírus Influenza já foram percebidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). As internações relacionadas à gripe, de pessoas com mais de 60 anos, apresentaram queda de 10% desde 1998. Naquele ano, cerca de 158 mil idosos foram hospitalizados. Em 2000, o número de internações foi de 141 mil. A redução mais significativa foi registrada no Sul, onde as internações caíram 17,2%, seguida do Centro-Oeste e do Sudeste, onde as quedas foram de 12% e de 11,7%.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) faz parte da Comissão de Mobilização e Divulgação da Campanha. A entidade sugere que os médicos incentivem seus pacientes a procurar os postos para receber as doses. Estimativas apontam que 15% da população de todas as faixas etárias são atingidas anualmente pelo vírus Influenza. A gripe causa mais danos nos idosos e em pacientes que já sofrem com outras doenças, como os problemas cardíacos e diabetes. Os registros apontam que entre 10 mil e 15 mil pessoas morrem anualmente em decorrência de complicações da gripe, como a pneumonia. A maior parte das vítimas tem mais de 60 anos.

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