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Alimentação sadia, vida longa ao coração

Belo Horizonte, 17 de Setembro de 2001 (Bibliomed). Quem costuma exagerar na cerveja, carne, fritura ou nos doces que se cuide. Estudo apresentado no 23º Congresso da Sociedade Européia de Cardiologia, no início deste mês, na Suécia, mostra que o consumo de carnes, gordura animal, derivados do leite, açúcar e cerveja está associado a problemas cardiovasculares. Ao contrário, dietas que privilegiam a ingestão de vegetais, gordura vegetal, frutas e vinho garantem mais saúde ao coração.

O trabalho foi desenvolvido na Unidade de Pesquisa em Nutrição do Instituto Superior de Ciências da Saúde-Sul, em Portugal. Cientistas portugueses estudaram, desde 1966, a relação entre os hábitos alimentares de habitantes dos países da União Européia e a taxa de mortalidade decorrente de problemas cardiovasculares. Sabe-se que as doenças do coração são a principal causa de mortes prematuras nos países industrializados.

Os pesquisadores concluíram que o número de mortes provocadas por problemas cardiovasculares aumenta quando o forte da alimentação são carnes, gorduras, açúcar e cerveja. E a taxa de mortalidade relacionada a deficiências cardíacas cai com o consumo de verduras, frutas, óleos vegetais e vinho.

Eles não encontraram, no entanto, qualquer relação (benigna ou maligna) entre a ingestão de peixes e o bem-estar do coração. De acordo com o responsável pela pesquisa, Dr. Pedro Marques-Vidal, isso provavelmente aconteceu porque os europeus não comem peixes e frutos do mar em quantidade suficiente para exercer influência sobre o coração. Se o mesmo estudo fosse feito no Japão, talvez os resultados fossem diferentes.

Os cientistas portugueses descobriram ainda que os efeitos dos alimentos sobre o coração variam de acordo com o tempo. O consumo de gordura animal tem pequeno efeito durante os primeiros cinco ou dez anos.

Depois disso, os prejuízos são grandes: os problemas cardiovasculares aparecem ou se complicam. Já os benefícios da ingestão de frutas para o coração, por exemplo, diminuem depois de um período de dez anos. O melhor, então, é prevenir-se: alimentação saudável e balanceada desde a infância.

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