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Nova pesquisa comprova benefícios do vinho

Belo Horizonte, 22 de Agosto de 2001 (Bibliomed). Um estudo publicado na semana passada, nos Estados Unidos, no Archives of Internal Medicine, revela novos dados sobre o consumo de vinho. Os pesquisadores constataram que quem consome regularmente a bebida é, normalmente, mais inteligente, mais rico e têm um nível de instrução melhor, fatores que contribuem para uma vida mais saudável. O estudo foi feito na Dinamarca com jovens adultos com idades entre 29 e 34 anos. Foram pesquisados 363 homens e 330 mulheres.

Os pesquisadores compararam as pessoas que bebiam vinho com as que consumiam cerveja e as que não ingeriam com as que consumiam os dois tipos de bebida. Na Dinamarca, o consumo de cerveja é mais tradicional do que o do vinho.

O estudo foi feito entre 1990 e 1994, com pessoas nascidas entre 1959 e 1961, em um mesmo hospital de Copenhague. O objetivo da pesquisa era avaliar se outros fatores sociais poderiam ajudar a explicar uma aparente saúde melhor.

Apesar do fato de que pessoas com maior poder aquisitivo tendem a apresentar menos problemas de saúde – já que têm mais acesso à assistência médica, consomem alimentos mais nutritivos e mantêm uma vida mais saudável – os médicos acreditam que a ação do vinho é importante. Além do que, a bebida pode ser comprada mesmo por quem não é rico.

Pesquisadores que avaliam, há muitos anos, o impacto do vinho na saúde afirmam que os benefícios da ingestão regular e moderada não podem ser desconsiderados. O álcool tem efeitos sobre a coagulação do sangue e o colesterol.

Os especialistas foram despertados para o uso da bebida depois da comprovação de que os franceses, acostumados a ingerir vinho durante as refeições, tinham baixos índices de problemas cardíacos apesar das dietas ricas em gordura e colesterol.

Alguns cientistas alertam que a bebida não pode ser adotada como a melhor forma de manter a saúde cardíaca. Para a American Heart Association, a dieta saudável, a prática regular de exercícios físicos e a manutenção do peso são fatores, comprovados cientificamente, que contribuem para a saúde do corpo e do coração.

A pesquisa feita com dinamarqueses foi de autoria de June Reinisch, diretora do Kinsey Institute for Research in Sex, Gender and Reproduction, da Universidade de Indiana.

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