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BRASIL: OMS e Companhias Aéreas Farão Estudos Sobre Síndrome do Avião

São Paulo, 26 de março de 2001 (eHealthLA). Reunidos em Genebra, na Suíça, representantes das 16 maiores companhias aéreas do mundo e especialistas da Organização Mundial de Saúde (OMS) admitiram, pela primeira vez, que existe uma relação entre longas viagens de avião e trombose venosa profunda.

Segundo os especialistas, os coágulos, formados nas pernas devido a pouca circulação do sangue, podem migrar para o cérebro, os pulmões ou o coração, bloqueando veias e artérias. Este mal, conhecido como tromboembolia, na maior parte das vezes é fatal.

A OMS recomendou a realização de um estudo de dois anos, com mais de cem mil passageiros de vários países, para tentar diminuir os riscos de viagens aéreas longas.

A pesquisa analisará a saúde dos viajantes, a freqüência da doença entre eles, os principais fatores de risco para o problema e apontarão as melhores medidas preventivas a serem tomadas no ar e em terra firme. As medidas incluem a realização de exercícios de alongamento durante as viagens e ingestão de drogas que promovam um afinamento do sangue, como a aspirina.

A nova pesquisa deverá esclarecer os riscos e calcular o número de pessoas atingidas anualmente pelo problema. Alguns estudos indicam que pelo menos 10% do total de tromboses de veias profundas diagnosticadas no mundo poderiam estar associados a viagens de avião.

Nomenclatura

O nome síndrome da classe econômica foi dado devido ao espaço menor entre as poltronas da classe mais barata do avião, o que dificultaria a circulação do sangue e aceleraria a formação de uma trombose.

A OMS recomendou que o problema passe a ser chamado de síndrome do avião já que, segundo os especialistas consultados pela organização, pode atingir pessoas que viajam em todas as classes da aeronave.

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