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15 de Fevereiro de 2001 (Bibliomed). Aquele bronzeado pode custar mais caro do que você imagina especialmente se você é ruivo, loiro, tem olhos claros, é fumante e/ou pertence ao sexo feminino.
A maculopatia relacionada à idade, uma deterioração grave da retina do olho, é a principal causa de perda da visão irreversível nos países industrializados. Agora, um estudo indica o que pode ser um fator de risco importante da doença: a luz solar.
Em estudo publicado na edição de fevereiro de Archives of Ophthalmology, Karen J. Cruickshanks e sua equipe, dos departamentos de oftalmologia e ciências visuais da Universidade de Wisconsin-Madison, descobriram que a exposição excessiva à luz solar em idade jovem pode estar associada a um risco maior de desenvolver a maculopatia mais tarde.
A equipe, trabalhando com participantes do Estudo Ocular de Beaver Dam, analisou a relação entre a exposição solar, a sensibilidade ao sol e o desenvolvimento precoce de maculopatia relacionada à idade.
Os participantes, que tinham entre 43 e 86 anos no início do estudo, foram examinados novamente cinco anos depois para verificar quantos haviam desenvolvido a doença. Eles também responderam a questionários sobre a exposição solar no passado.
Os pesquisadores descobriram que pessoas que tinham passado grande parte dos verões em atividades externas quando adolescentes (entre 13 e 19 anos) e na casa dos 30 (entre 30 e 39 anos) apresentaram mais do dobro do risco de desenvolver maculopatia relacionada à idade precocemente comparadas a pessoas que passaram pouco tempo em atividades externas durante esses períodos de suas vidas.
O uso de chapéus e óculos de sol teve somente um pequeno efeito protetor. As pessoas loiras e ruivas estavam sob risco ligeiramente superior ao de morenas.
Em entrevista à Reuters Health, Cruickshanks destacou que, como a população do estudo foi determinada a partir de pessoas vivendo na cidade de Beaver Dam de 1987 a 1988, ela era composta predominantemente de brancos não-hispânicos.
A pesquisadora ressaltou que mais estudos extensivos são necessários para avaliar a relação aparente entre a luz solar e a maculopatia relacionada à idade.
Cruickshanks e sua equipe concluíram que "esses resultados coincidem com um pequeno corpo de evidência epidemiológica que indica que a exposição à luz solar brilhante pode ser um fator de risco para maculopatia precoce. Além disso, eles dão suporte à idéia de que a doença pode ser parcialmente prevenida com a modificação de fatores do estilo de vida".
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