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Mineradoras Sul-Africanas Fazem Testes de Aids em Empregados

Por Steven Swindells

JOHANESBURGO (Reuters)
- As mais importantes mineradoras sul-africanas começaram a realizar testes de Aids em empregados anonimamente, em uma tentativa de controlar a doença que ameaça devastar sua mão-de-obra.

O teste, feito com a saliva dos mineiros, deve mostrar que aproximadamente um quarto dos 500 mil mineiros do país são portadores da doença e, se não fizerem o caro tratamento anti-Aids, vão morrer, disseram especialistas em saúde e economistas na terça-feira.

Os exames representam uma trégua nas relações trabalhistas frequentemente hostis entre sindicatos e empregadores na África do Sul, o que impediu muitas empresas de realizarem testes de HIV em seus empregados, por causa de objeções de sindicatos, que levantam questões de direitos humanos.

Os mineiros são extremamente vulneráveis à Aids, porque são quase sempre imigrantes distantes da família, morando em albergues cercados por prostituição.

Os resultados dos exames, feitos pela gigante da platina Anglo American Platinum, com o consentimento dos sindicatos, ficarão prontos no fim do ano, de acordo com executivos da empresa.

Dados oficiais estimam que um em cada dez sul-africanos, ou 4,2 milhões de pessoas, sejam portadores da doença.

No maior produtor mundial de metais preciosos, as taxas de infecção de no mínimo 25 por cento em sua mão-de-obra devem ter efeitos devastadores na produtividade, custos de trabalho e na base de funcionários especializados, minando toda a economia do país.

Sinopse preparada por Reuters Health

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