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14 de agosto de 2025 (Bibliomed). Um exame de sangue pode ajudar os médicos a detectar a esclerose lateral amiotrófica (ELA) e prever como a doença progredirá nos pacientes, sugere um novo estudo realizado na Universidade de Montpellier, na França. A ELA, também conhecida como doença de Lou Gehrig, é uma doença progressiva que afeta as células nervosas do cérebro e da medula espinhal. Os nervos que transmitem sinais e controlam os músculos se degeneram, fazendo com que os pacientes percam o controle dos movimentos.
No estudo, os pesquisadores compararam amostras de sangue de 139 pacientes com ELA com 70 de pacientes com outros distúrbios cerebrais semelhantes, como doença do neurônio motor inferior e esclerose lateral primária. Os pesquisadores explicam que pessoas com ELA têm níveis sanguíneos três vezes mais altos de proteínas de cadeia leve de neurofilamento, produzidas quando células nervosas são feridas ou morrem, do que pessoas com outras doenças cerebrais.
Os pesquisadores analisaram especificamente três tipos potenciais de marcadores sanguíneos: proteínas da cadeia leve do neurofilamento, proteínas ácidas gliais e tau 181 fosforilada. Proteínas ácidas gliais são liberadas quando as células trabalham para reparar lesões, e a tau 181 fosforilada está ligada ao acúmulo de proteínas amiloides tóxicas no cérebro, uma característica da doença de Alzheimer.
O exame, que procura proteínas da cadeia leve do neurofilamento, identificou com precisão pacientes com ELA em mais de 80% das vezes. Os resultados mostram que o teste também pode ajudar a prever a sobrevivência de pessoas com ELA. Em um ano, mais de 40% dos pacientes com níveis de proteínas de cadeia leve do neurofilamento abaixo de um determinado ponto de referência ainda estavam vivos. Nenhum com níveis acima desse ponto permaneceu vivo.
Segundo os pesquisadores, os níveis de proteína da cadeia leve do neurofilamento fornecem um meio muito melhor de detectar e rastrear a ELA do que as outras duas medidas. Os outros dois marcadores produziram resultados precisos apenas cerca de 50% das vezes.
Fonte: Neurology. DOI: 10.1212/WNL.0000000000213400.
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