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SÃO PAULO (Reuters) - O último relatório do Fundo das Nações Unidas para a Criança (Unicef) sobre a realidade infantil no mundo, divulgado na terça-feira, cita o trabalho da Pastoral da Criança como modelo de combate à desnutrição e à mortalidade infantil.
"As comunidades atendidas pela Pastoral da Criança conseguiram reduzir a mortalidade infantil em 60 por cento", diz o relatório "O Estado das Crianças do Mundo" (http://unicef.org/sowc01), divulgado na terça-feira.
O trabalho da Pastoral da Criança, um organismo de Ação Social da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), existe desde 1983. Foi implantado inicialmente no Paraná, e agora está espalhado por todo o Brasil.
O projeto é baseado no trabalho voluntário, na maior parte de mulheres, que são treinadas para atuar como agentes comunitárias de saúde. Essas mulheres, chamadas de líderes, visitam cerca de 20 mães de sua própria vizinhança diariamente, fornecendo informações sobre planejamento familiar, cuidados no pré-natal, amamentação, vacinação e terapia de reidratação oral.
As voluntárias também monitoram o peso dos bebês e ensinam às famílias a importância de interagir com os bebês, com carinhos, conversando e cantando.
"Quando os pais são educados sobre quais devem ser os progressos esperados na vida do bebê, eles se tornam a primeira linha de defesa para bebês em risco", diz o relatório do Unicef sobre a atuação da Pastoral, acrescentando que qualquer doença tem maiores chances de ser tratada quando detectada cedo.
A Pastoral atua especialmente nas periferias das grandes cidades e nos bolsões de miséria dos pequenos e médios municípios brasileiros, tanto no meio urbano quanto rural, segundo informações do site de Internet da entidade (http://www.rebidia.org.br/pastoral/index1.html).
Desde 1987, o Ministério da Saúde contribui com a maior parte dos recursos para o financiamento da Pastoral, que também conta com contribuições da iniciativa privada. O Unicef é parceiro do programa desde a sua fundação e colabora na arrecadação de verbas.
Sinopse preparada por Reuters Health
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